Desejando enriquecer o texto que se segue, tendo como tema a maçã, telefonei para a Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, para perguntar por que os americanos chamam Nova York de “The Big Apple” (a grande maçã).
No primeiro telefonema, após transferirem para alguns ramais nos quais eu ouvia música de espera, americana, é claro, a ligação acabou caindo. Na segunda chamada, remeteram-me ao telefone da Casa Thomas Jefferson, onde poderiam dar a informação. Dali, para o ramal de biblioteca, onde certamente saberiam informar. “Um momento, vamos chamar miss Katy. Ela é americana e deve saber”.
Em contato com miss Katy, depois de alguns segundos de hesitação, ela falou: “Desculpe, senhor, mas eu não ‘saberr informarr’”, e passou a consultar os demais funcionários da repartição, até que voltou à nossa órbita e informou triunfante: “O senhor já viu o símbolo? É uma maçã meio comida e chama-se a grande maçã porque todo mundo quer dar uma dentada nela”...
A maçã já é notícia há muito tempo. Adão e Eva, no paraíso, estavam autorizados por Deus a comer todas as frutas do Éden, exceto a de uma árvore, no centro do paradisíaco cenário, a maçã. Aí, veio o demônio, que assumiu a enganadora forma de uma serpente, tentar Eva a comer a fruta, compartilhando-a com Adão, sob a alegação de que tornar-se-iam deuses imortais.
Comida a fruta, tinham eles cometido o pecado capital original, ou seja, o pecado de desobedecer a Deus. O que aconteceu a seguir, todos sabemos: eles foram expulsos do paraíso.
Da maçã, já se tem conhecimento há dois mil anos.
Originária da Europa e da Ásia, representa, em diferentes mitologias, a beleza, a fertilidade, o amor e, é claro, a tentação do pecado.
Bem-aventurado o solo catarinense que, de maneira tão generosa, nos brinda com estes saborosos e irresistíveis frutos, gostosura sem par entre os seus similares de outras nacionalidades.
