Diria um poeta:
“Se eu tivesse asas, levar-te-ia em meus braços aos mais belos jardins deste mundo, onde irias ser a mais bela, a mais cheirosa e a mais querida entre todas as flores.”
É grande a frustração dos humanos por não terem sido dotados com asas pelo Criador.
Ao observarmos os pássaros e os insetos, sentimos neles o privilégio da liberdade total, da leveza de movimentos, da leveza do ser.
Teria este sentimento motivado Alberto Santos Dumont para criar a sua máquina voadora?
A desilusão em não poder voar será maior no pinguim e no avestruz, que outrora já voaram?
E o que dizer de uma ave com uma asa quebrada por uma estilingada? Há maldade maior?
Enquanto não temos asas (tê-las-emos em outra dimensão?), contentemo-nos em observar o gracioso voar das gaivotas e o multicolorido voo das borboletas.
Por enquanto, sintamo-nos como se alados fôssemos, a bordo de um moderno pássaro metálico, viajando mundo afora. Aqui e ali, brancas nuvens perambulam no céu como que em busca de algum anjinho para transportar.
Da nossa janela, poderemos nos maravilhar ante a visão de verdes mares, verdejantes florestas emolduradas por pontiagudas montanhas e caudalosos rios caprichosamente sinuosos, à procura do seu destino em um oceano qualquer.