Todos os dias, durante a temporada de verão, percorremos a BR-101 no trecho de Jaguaruna a Tubarão. Extensas plantações de arroz, margeando os dois lados da estrada, nos fazem sentir como se atravessássemos o Jardim do Éden, mercê da beleza de um verde em tons mutantes, conforme a hora em que se passa. Por vezes, o sol, permeando as nuvens, espia a beleza da paisagem, acrescentando, caprichosamente, reflexos dourados às espigas, que já estão em vias de amadurecer. É como se fosse um extenso manto de veludo verde ostentando, aqui e ali, a claridade em forma de spot, proveniente do deus Hélio, o responsável pela permanência de todas as coisas vivas neste nosso mundo.
Conta-nos uma lenda chinesa que, na Antiguidade, em época em que o povo passava fome, uma menina estava pescando quando pegou o rei das rãs. Ele mandou que ela expusesse a sua rede ao sol enquanto ele cantava uma canção mágica. Tão logo a luz dourada difundiu através das malhas da rede, transformou-se nos grãos também dourados do arroz, com que a fome do povo pôde ser mitigada.
Já na cultura árabe, o arroz teve sua origem em uma gota de suor de Maomé, caída do paraíso.
Para os povos do Oriente, o arroz, por ser a base da alimentação, tem grande importância. Considerado como um símbolo da abundância, os orientais costumavam atribuir-lhe uma alma, prestando-lhe culto e homenagens.
Considerando o Programa Fome Zero do governo Lula, Tubarão, Jaguaruna e Treze de Maio não ficam devendo a sua contribuição no que diz respeito ao seu potencial na produção deste importante cereal.
Na atualidade, a metade da população mundial tem no arroz a sua alimentação básica.
De acordo com a FAO, o arroz supre 900 calorias, diariamente, a cada habitante de China.
Arroz com feijão são obrigatórios no prato cotidiano do carioca.
As crianças adoram as papinhas e mingaus feitos com a farinha do arroz e a imponderável e gostosa pipoca de arroz.
De todas as maneiras com que é preparado pela culinária, o cereal é especialmente saboroso: arroz de Braga, risoto, canja, bolinho de arroz, arroz-doce. Huuummm. Vamos parar por aqui...
