Eu sei que você de direita deve estar pensando: “Mas que diabos está fazendo o Eduardo nos EUA? Será que essa lambança toda dará ao Lula um outro mandato?”
E também sei que você de esquerda, a partir deste novo cenário que há um ou dois meses seria difícil de imaginar, está efusivo, radiante e até inundado por uma desaconselhável soberba, imaginando uma vitória com certa folga no pleito do ano que vem.
É natural o sentimento em ambos quando se olha apenas para o momento atual, porém, para longe dessa emoção circunstancial, existem números que não mentem e que indicam friamente um quadro eleitoral praticamente encaminhado.
Sem emoção II
Historicamente, a proximidade do Natal deixa as pessoas mais tranquilas e “de bem com a vida”, mas esse remanso, essa quietude natural irá evaporar quando passar o Carnaval. O mês de março é brutal ao bolso do contribuinte. Os impostos batem à porta e o clima do país se torna nublado como se estivéssemos em uma interminável Quarta-feira de Cinzas.
O primeiro semestre de 2025 já foi assim, lembram? Lula era consumido pela impopularidade. Os números de aprovação do governo caíam sistematicamente e a rejeição estagnava em níveis proibitivos. O preço dos alimentos e os juros nas alturas permitiam à oposição suscitar, até mesmo um possível processo de impeachment do presidente da República.
Sem emoção III
E assim será em março de 2026. Não se trata de torcida ou previsão. São fatos. Historicamente é assim que funciona. IPVA, IPTU e tantos outros impostos irão machucar a classe média e o trabalhador mais humilde.
O brasileiro, de mau humor, terá a percepção de que a economia não irá melhorar e o governo não terá mais nada a oferecer para mudar a realidade de milhares de endividados.
Lula tem 33% de aprovação e, diferentemente de hoje, onde, habilidosamente, consegue surfar na onda oferecida por Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, lá em março, com o assunto Trump superado e sem ter mais o que prometer, cairá três, quatro ou cinco pontos percentuais.
Lula chegou ao teto e a história mostra que nenhum presidente nas democracias modernas conseguiu se reeleger com aprovação abaixo de 35% estando a seis meses da eleição.
Sem emoção IV
Lula sabe disso. Tem consciência de que o ciclo eleitoral exigirá mudanças e irá optar por uma aposentadoria tranquila ao invés de uma humilhante derrota registrada no currículo.
Assim, diante dessa realidade fria e pragmática, deixo de lado a modéstia para me atrever a sugerir ao eleitor de direita que, antes de qualquer idolatria pessoal, faça a opção por dar prioridade ao melhor projeto para o país. Uma direita sem radicalismos e competente poderá governar por longos e promissores anos.
Já para quem é de esquerda, minha análise é mais objetiva. Para continuarem a governar, mesmo contrariando todos os números já conhecidos, Lula deverá se candidatar. Não existe um sucessor. Só ele poderá mudar essa realidade que os números indicam. Sem Lula como líder, o PT e outros partidos de esquerda têm tudo para colapsar.
Falimos como Nação
A incursão da polícia no Complexo da Maré escancarou uma realidade que explica definitivamente o porquê afundamos como país.
Das rodas de conversa entre amigos ou das análises de especialistas em redes de TV, o que se ouve falar é sobre de quem seria a responsabilidade pelo atual quadro caótico na segurança pública. Esquerda ou direita? Nenhuma linha sobre o que será feito a partir de agora pelo governo carioca ou qual o planejamento traçado que possa mudar essa triste realidade. Nada. O Brasil, hoje, se resume em um ciclo interminável de embates ideológicos com fins eleitoreiros.
Promessa
Para contribuir com tudo o que escrevi sobre a inviabilidade de Lula no ano que vem, trago uma promessa que ele mesmo fez na plataforma X, antigo twitter, no dia 25 de outubro de 2022.
Portanto, se ele for candidato em 2026 irá descumprir uma promessa da última campanha e eu poderei ser desculpado pelas análises que venho escrevendo em sentido contrário.
Terra com lei
Tenho visto algumas páginas do Instagram que se especializaram em reproduzir tragédias locais ou assuntos polêmicos que possam viralizar.
Chamou-me a atenção a publicação de memes utilizando a imagem de pessoas públicas do município em tom para lá de pejorativo sem qualquer preocupação com futuras responsabilizações.
Nunca é demais lembrar que a internet não é terra sem lei.
Canto da Beleza
Bastam alguns segundos para se encantar com a energia da Marta Fogaça. Amável, charmosa, daquelas mulheres que encantam naturalmente. E a Mahyana, sua filha, herdou todo esse amor que transborda na mais trivial conversa.
Lindas e queridas amigas...