Ser de direita não implica em ser bolsonarista. Há enormes diferenças.
Quem é bolsonarista está pouco se lixando para as composições políticas. Não importam as consequências de uma chapa pura e o risco de colocar uma eleição encaminhada em trilhos tortuosos e desconhecidos.
Quem é bolsonarista defende veementemente a candidatura de Carlos Bolsonaro e de Carol de Toni, mesmo que isso custe a perda de uma das deputadas mais fiéis ao bolsonarismo para um partido que, talvez, não lhe possibilite ascender ao Senado Federal.
Agora, quem é de direita e ainda não perdeu o seu senso crítico, se questiona: no que a eleição de Carlos Bolsonaro por Santa Catarina contribui para o Brasil e para a direita nacional?
O que ele poderia fazer como senador que as lideranças catarinenses não possam exercer com ainda mais comprometimento com o Estado?
Não há uma só explicação plausível e definitiva que justifique. Não há benefício ao Estado e nem mesmo ao Partido Liberal.
Povo
O catarinense tem um estado pujante por sempre cobrar dos seus líderes valores e compromissos com a sua terra.
Nossas exigências são inegociáveis. Não há como imaginar sermos tão aduladores como foi o povo do Amapá ao eleger o maranhense José Sarney como o seu representante ao Senado Federal.
Santa Catarina é um estado conservador que privilegia a família e que trata os seus acordos com eriedade. Não tenho nenhuma dúvida que se for para escolher entre o Estado ou os anseios políticos de uma família – seja ela qual for –, escolheremos a nossa terra como prioridade.
Coronelismo
Para quem me conhece sabe o que passei no MDB. Na política, o adversário, ao contrário do que muita gente pensa, sempre está dentro do partido.
Decisões de caciques eram tomadas à revelia dos seus filiados e impossibilitavam o surgimento de novas lideranças. Assim como eu, outros tantos membros do partido foram sabotados e tiveram que adiar projetos maiores por desejos pessoais.
Desculpem os que defendem a imposição da candidatura de Carlos Bolsonaro por Santa Catarina, mas vocês são vítimas, assim como eu fui, de uma política ultrapassada em que cobiças particulares são mais importantes do que verdadeiramente trabalhar para mudar esse país.
Não há lógica
Não há dúvidas de que a direita irá fazer as duas cadeiras ao senado no estado. Carol de Toni e Esperidião Amin facilmente receberiam os votos que precisariam para a vitória em 2026. Então por que a imposição de Carlos? Mero capricho? Não há ganho com a eleição do filho do ex-presidente ao movimento conservador, pelo contrário, com a sua eleição o PL perde uma liderança nas trincheiras de Brasília.
Ainda, não há como negar que os prejuízos são enormes nas cercanias do PL catarinense. Ao invés de uma candidatura à Câmara Federal pelo seu estado, onde dificilmente perderia a eleição, Carlos Bolsonaro traz instabilidade ao partido que caminhava tranquilamente para a eleição do ano que vem.
Direita
O embate está posto.
A deputada Ana Campagnolo, ao defender sua amiga Carol de Toni, manifestou-se por algo maior e seus argumentos ecoaram nos corredores conservadores com reconhecida sensatez. Há, porém, quem tenha avaliado que Ana esteja sendo ingrata ao líder Jair Bolsonaro.
Carol de Toni é aliada e fez um excelente trabalho como deputada. Esperidião Amin, outro defensor das causas bolsonaristas, não escreveu sua história nas auspicias da família carioca.
Amin foi duas vezes governador, prefeito da capital, deputado federal, candidato à presidência e agora senador, sem jamais precisar da pauta bolsonarista para eleger-se no estado, mas, em nenhum momento, se furtou de defender fielmente às ideias de Jair Bolsonaro.
Mas nada disso tem sido relevante à família que, em detrimento de uma direita organizada em um estado que os apoia, impõe uma candidatura de quem sequer conhece onde fica a gôndola de Nova Veneza.
Conseguiram
O MBL conseguiu registrar o seu partido: Missão.
O TSE, na última terça feira, oficializou a criação do partido Missão e, para se ter uma ideia do tamanho do feito, Marina Silva, com 20 milhões de votos em 2010, não conseguiu criar o partido Rede a tempo para as eleições de 2014. Jair Bolsonaro, Presidente da República, com 60 milhões de votos, também não conseguiu criar o Aliança.
Realmente surpreendente.
Indagação
Li, refleti e achei relevante repassar esta postagem de um perfil nas redes sociais de um cidadão gaúcho inconformado com a falta de senso crítico que assolou o nosso estado nos últimos anos:
“Que delírio coletivo é esse em um estado que, no fundo, sabe que isso é uma imposição colonial. Como se sujeitam a ajoelhar assim, como se não tivessem identidade ou capacidade local alguma? Onde está o orgulho da terra de vocês? Anita Garibaldi aceitaria isso?”
Não tive como discordar. É inadmissível aceitarmos que um projeto pessoal suplante ideais que lutamos diuturnamente para construir. Como disse um dos grandes gurus da direita, Olavo de Carvalho: “Quem leva a política a sério luta A FAVOR de ideais e CONTRA grupos e indivíduos. O atual direitismo brasileiro não tem ideais, só tem um ídolo.”
Maconha
Em uma semana foram aplicadas mais de 250 multas em Santa Catarina por uso de drogas em locais públicos.
A julgar pelo ritmo, o estado já pode contar com uma receita considerável para o próximo ano, porque maconheiro nessa terra é o que não falta.
Surf
Que legal ver a nossa cidade ser representada em uma modalidade que conta com milhares de praticantes aqui na nossa região.
Meus queridos amigos Bruno Bossle e Fernando Rinaldi, na companhia do Renato Hübbe, representaram Tubarão pela primeira vez nos Jogos Abertos de Santa Catarina e mandaaram muito bem.
Ana Claudia Cabral, que vem fazendo um trabalho de primeiro nível no esporte de Tubarão, destacou: “Foi um sucesso! O surf vem ganhando força dentro do Jasc, e ficamos muito felizes em montar a primeira equipe de Tubarão. Esperamos que no próximo ano ela seja ainda maior.”
Canto da beleza
Não é só em cima do palco que a Ana Cultz desfila toda a sua beleza e o seu talento, ela também faz graça em época de Haloween. Existe bruxa com sorriso mais bonito do que a da Ana?