Profissionais da saúde de Tubarão realizaram na manhã de ontem manifestações cobrando mais valorização do trabalho. Com cartazes, pedindo reajuste salarial, servidores fizeram o protesto por alguns minutos antes de iniciarem os trabalhos.
A paralisação, segundo os agentes, chama atenção também para o descontentamento com a aprovação de uma comissão que será composta para fiscalizar as ações durante a pandemia.
As manifestações foram registradas na Policlínica Central e em outros postos de saúde. Em entrevista para a Rádio Cidade, a enfermeira Monica Menezes fala que não há necessidade de criar a comissão aprovada no Legislativo.
“Já temos os vereadores que atuam para fiscalizar, além de outras comissões já existentes. Por que criar mais cargos para pessoas que ficarão atrás de mesas? Nós, da linha de frente, estamos há dois anos sem reajuste salarial. Nos arriscamos pela população todos os dias e, mesmo assim, não nos foi repassado nenhum valor. Não precisamos de mais comissões, mas sim de mais valorização”, desabafa a enfermeira.
Segundo Monica, o que foi repassado aos profissionais de saúde, até então, foram R$ 500 para aqueles que foram atuar no hospital e para aqueles que estão atuando na vacinação da covid-19. “Agora, como que essa comissão vai ganhar cerca de R$ 2 mil para ficar atrás de mesas? Isso não é justo.
Com isso, acabou gerando esse descontentamento. Esperamos conseguir conversar com o prefeito ou secretário para que todos sejam contemplados com essa valorização também”, fala.
Prefeitura diz em nota que não foi procurada
Em nota, a prefeitura de Tubarão informou que tanto o prefeito Joares Ponticelli, quanto o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Daisson Trevisol, receberam com surpresa a notícia de manifestação. Segundo Daisson, nenhum dos gestores foi procurado para tratar do assunto e ambos desconhecem o motivo das manifestações e o que está sendo reivindicado.
“Nossa relação com os servidores, especialmente os da saúde, sempre foi na base do diálogo. Foi assim quando colocamos em dia o PMAQ, que encontramos dois anos atrasado em 2017, foi assim quando promovemos as reposições salariais ou quando ajustamos o vale-alimentação. Agora, durante a pandemia, estamos nos empenhando para que esses servidores tenham todo o apoio em suas nobres missões e não sejam prejudicados de forma nenhuma, seja nos seus vencimentos, seja nas condições de trabalho, mesmo com algum aumento na jornada, o que pode ocorrer”, avalia Joares.
“Fico um pouco decepcionado em saber pelas redes sociais de um movimento de reivindicação, já que as portas do meu gabinete sempre estiveram abertas para todos os servidores públicos”, finaliza o prefeito.
