Seminário realizado na Alesc reuniu toda a rede de educação no estado
Professores, dirigentes municipais, estaduais, gestores de escolas e de universidades, além de pesquisadores, iniciaram, no plenário da Alesc, o debate sobre a qualidade da formação de professores para a educação básica em Santa Catarina.
Para o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte-SC), Evandro Accadrolli, não é aceitável que as instituições formadoras entreguem para as escolas um profissional que não tem condições de ensinar porque não passou por uma formação de qualidade.
“Também não dá para fugir do debate da valorização, quando o profissional não é valorizado, não tem estímulo para estar na rede. A qualidade está atrelada à valorização e à carreira, não ver isso é sonhar desconectado da realidade da escola”, ponderou Accadrolli, acrescentando que Santa Catarina tem uma das piores carreiras do magistério brasileiro e que isso refletiu na queda verificada no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O representante do Sinte-SC ainda lembrou que 64% dos professores são temporários, isto é, admitidos em fevereiro e demitidos em dezembro. “Estas questões estão ligadas. Que profissional a educação básica está atraindo?”, questionou o dirigente sindical.
Incentivo
O secretário de Estado da Educação, Aristides Cimadon, também concordou com a necessidade de incentivos à carreira do professor, mas questionou como tornar realidade a valorização salarial.
“Como se dá a valorização na carreira? É preciso que nos organizemos sem visão política estreita e pensemos na educação para os catarinenses, que depende de uma regulação que não está aí e é preciso fazer diferente, e demora um pouco. Esperamos que tenhamos encaminhamentos interessantes para que comecemos a pensar em qualidade na educação”, avalia o secretário.