Desde ontem, seguindo o decreto estadual, o comércio na região começou a funcionar em horário diferente, das 10h às 19h. A mudança chegou a gerar confusão entre lojistas e clientes, já que num primeiro momento o governo do Estado publicou que o horário seria das 8h às 17h.
Com isso, as prefeituras publicaram seus documentos seguindo este modelo. Porém, ainda na noite de sexta, o governo alterou o texto, com o novo horário, mas sem maior comunicação a respeito, permanecendo os municípios com o horário antigo.
Ontem, cidades como Tubarão e Laguna editaram seus decretos, passando a seguir o documento do Estado.
De acordo com o presidente da CDL de Tubarão, Rafael Silvério, a alteração chegou a causar dúvidas entre os lojistas e nos clientes, que acabaram deixando para ir ao comércio mais no fim da manhã ou no período da tarde. “Resolvemos seguir o que foi estipulado pelo Estado, ainda com uma hora a menos de funcionamento - já que o decreto permite a abertura até as 20h -, a pedido dos lojistas que preferiram fechar às 19h”, explica. “Mas teve quem abrisse a loja mais cedo, como dizia o decreto municipal”, ressalta.
Para Rafael, no entanto, o ideal seria abrir uma hora antes, às 9h, para ficar melhor para os consumidores, já que às 10h se perde boa parte da manhã. “Aí poderíamos fechar às 18h ou 18h30, até”, pontua.
A sugestão, segundo ele, foi enviada ao governo. “Mas, enquanto isso, seguiremos assim, com este horário”, completa.
Medidas para o setor serão discutidas
Diante das dificuldades enfrentadas por empresas para desenvolver suas atividades durante a pandemia, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-SC) vai propor aos poderes públicos estadual e municipais um pacote de ajuda. A entidade sugere redução, postergação, parcelamento ou isenção de taxas e impostos estaduais e municipais.
Uma das principais sugestões é a desoneração de alíquotas de ICMS enquanto houver restrições para compensar as perdas de receita com a queda de atendimentos. A federação defende também revisão dos códigos tributários municipais, com redução de Imposto sobre Serviços (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para as atividades que estão sofrendo mais. Pede ainda postergação da cobrança de taxas.
As propostas serão apresentadas esta semana para o governo do Estado, secretaria da Fazenda, Assembleia Legislativa e prefeituras. A Fecomércio defende que medidas sejam implantadas com urgência para as empresas poderem seguir com suas atividades.