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Mulheres terão apoio psicológico

Segundo o projeto, o programa ofertará acompanhamento psicológico às mulheres em até 15 dias após o aborto ou óbito fetal

17/04/2024 06:00|Por Redação

Mulheres que sofreram aborto ou óbito fetal durante a gestação terão apoio psicológico gratuito a partir de agora em Tubarão. Foi aprovado na Câmara de Vereadores o projeto de lei que autoriza o município a instituir programa de apoio psicológico a estas mulheres.

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Segundo o projeto, o programa ofertará acompanhamento psicológico às mulheres em até 15 dias após o aborto ou óbito fetal, com o intuito de orientá-las e auxiliá-las no processo de tratamento de transtorno de estresse pós-traumático e depressão, visando à preservação da saúde mental.

“Constatado o aborto espontâneo ou óbito fetal por laudo médico, o município, obrigatoriamente, oferecerá tratamento psicológico às mulheres que manifestarem interesse, através de encaminhamento ao médico competente na unidade de saúde mais próxima de sua residência”, determina o projeto.

Segundo a autora, a vereadora Rita de Cássia Schmitz Mendes de Oliveira (Ritinha Enfermeira), muito se fala sobre depressão pós-parto e pouco se comenta sobre transtorno de estresse pós-traumático e depressão pós-aborto ou morte fetal.

“O dano que um desses acontecimentos pode causar a uma mulher é imenso. Nesses casos, o processo de aceitação da perda do feto pode ser algo longo e extremamente doloroso”, pontua a vereadora. 

“Quando mulheres não conseguem levar a gestação até o final ficam abaladas emocionalmente, o que pode ser agravado pelo fato de que em nossa sociedade a perda gestacional é um tabu, dificultando a elaboração do luto. Esses fatos acabam desencadeando diversos problemas psiquiátricos, como depressão e estresse pós-traumático, bem como instabilidade em suas relações interpessoais”, completa.

Saúde mental

O projeto surgiu da experiência profissional como enfermeira, ao atender mulheres tanto com perda de seu filho recentemente quanto as que perderam há muito tempo e que, sem o devido tratamento, sofrem até hoje. “É pensando nessas mulheres que elaborei este projeto de lei”, afirma a vereadora.

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