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Indústrias de SC temem efeito das tarifas dos EUA

Elevação ameaça exportações e preocupa os mais dependentes do mercado

29/07/2025 06:00|Por Redação

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) realizou a primeira reunião aberta do Comitê de Crise do Tarifaço dos EUA. 

O encontro, realizado de forma virtual, teve como foco principal a apresentação de uma pesquisa que avalia os impactos da possível elevação das tarifas de importação para 50% sobre os produtos brasileiros pelos Estados Unidos.

O objetivo da Fiesc é compreender com mais profundidade os efeitos dessa medida para a indústria catarinense e, a partir disso, colaborar de forma mais efetiva na formulação de políticas públicas que possam mitigar os prejuízos ao setor.

Dados 

O economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt, chamou atenção para a vulnerabilidade de Santa Catarina diante do cenário. 

“Estamos muito preocupados com o potencial impacto, porque SC tem uma característica muito singular, com segmentos diferentes sendo afetados em proporções distintas”, afirmou.

Segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Santa Catarina é o segundo estado mais afetado no país em termos de impacto negativo no PIB, com queda estimada de 0,31%, atrás apenas do Amazonas. 

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“Em SC, 22,2% da produção de produtos de madeira é exportada para os EUA. No setor de móveis, 12,1% do que é fabricado vai para o mercado norte--americano”, detalhou Bittencourt, destacando setores vulneráveis à medida.

Apesar de algumas grandes empresas conseguirem realocar parte de suas operações devido à presença em outros países, essa não é a realidade predominante. O receio é ainda maior em segmentos como madeira e móveis, cujas indústrias estão concentradas em regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o que pode agravar impactos sociais decorrentes.

Em 2024, os Estados Unidos representaram 15% das exportações totais de Santa Catarina. 

Contudo, em regiões como o Planalto Norte, esse número sobe para 42,5%. Já na Serra, o índice é de 22,3%; no Centro-norte, 24,9%; e no Alto Vale, 23,7%.

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