Serviços não urgentes foram interrompidos por atraso nos pagamentos
O Hospital São Camilo, em Imbituba, suspendeu desde segunda-feira (1º) os atendimentos considerados não urgentes.
A medida foi tomada após médicos contratados como prestadores de serviço interromperem suas atividades devido ao atraso de dois meses no recebimento dos honorários. No local, seguem funcionando apenas os atendimentos de urgência e emergência, enquanto casos de menor gravidade são direcionados às unidades básicas de saúde do município.
A direção do hospital explica que o contrato firmado com a Prefeitura de Imbituba destina exclusivamente às horas médicas os valores repassados pelo município. No entanto, os pagamentos referentes a setembro e outubro não foram efetuados. Apesar da paralisação, os demais colaboradores seguem trabalhando normalmente.
Impasses
Em nota, a prefeitura informou que equipes técnicas atuam em conjunto para ajustar pendências administrativas acumuladas nos últimos anos. O município afirma que há recursos disponíveis, mas que a liberação depende da regularização documental para garantir segurança jurídica.
A direção do Hospital São Camilo, porém, relata que toda a documentação exigida já foi entregue há semanas e que o entrave estaria na implantação de um novo sistema da prefeitura, que teria dificultado o processamento dos documentos. Segundo a instituição, equipes municipais trabalharam até a última semana em uma força-tarefa para tentar resolver as falhas no sistema.
Outro ponto citado pela administração do hospital é a demora na formalização do novo convênio entre o município e a instituição. O anterior venceu em agosto, e desde então, o hospital vinha solicitando a assinatura de um novo documento pedido que, conforme a direção, está sendo feito desde outubro de 2024. A prefeitura prorrogou o contrato antigo por aditivos até março deste ano, mas deixou de emitir novas prorrogações a partir de agosto.
Com isso, segundo o hospital, os serviços prestados em setembro e outubro ficaram sem cobertura contratual, o que hoje dificulta o pagamento dos valores pendentes. A instituição afirma que aguarda uma definição da prefeitura sobre qual caminho administrativo será adotado para regularizar a situação.
O município reforça que mantém diálogo constante com a direção do hospital e que trabalha para resolver o impasse o mais breve possível, garantindo a continuidade do atendimento à população.