Aproximadamente 45% dos produtores independentes de Santa Catarina se concentram na região de Braço do Norte. E muitos deles, segundo o presidente da Regional Sul de Criadores de Suínos (ACSS), Adir Engel, estão tendo prejuízos no custo de produção do suíno vivo.
Na avaliação de Adir, atualmente o produtor recebe a remuneração média de R$ 5 pelo quilo do animal vivo. Contudo, esse valor deveria estar de R$ 7,80 a R$ 8. “O produtor independente está chegando no limite com as altas nos custos de produção e com baixas na remuneração. Com esse prejuízo todo acumulado, ele acaba contraindo dívidas nos bancos, com os cerealistas nas agropecuárias e se torna uma situação bastante lamentável”, fala Adir.
Para atenuar o problema, a entidade tem pleiteado a redução do PIS/Cofins para a importação de milho de outros países com o objetivo de atender a demanda dos produtores. Hoje o valor da saca de milho está em torno de R$ 96 na região de Braço do Norte. Com a diminuição dos impostos, o custo do cereal vindo da Argentina e do Paraguai daria uma sobrevida aos suinocultores.
“A redução dos impostos não seria o suficiente, mas já ajudaria. Nós esperamos também que a situação melhore agora com o fim da Quaresma e que o mercado interno possa consumir mais”, completa Adir.
Nessa queda de preço do valor pago pelo suíno vivo, segundo o presidente, são R$ 15 milhões a menos por mês no movimento de venda em Braço do Norte. Isso impacta para todo o agro e também para o município. “Atualmente, o produtor está perdendo quase R$ 300 por suíno terminado”, explica Adir.
