O jornalista e escritor Edgar Nunes, de Tubarão, foi sepultado ontem, aos 92 anos, no Cemitério Horto dos Ipês. Com Alzheimer há muitos anos, ele morreu vítima de uma pneumonia bacteriana, deixando cinco filhos, dez netos, três bisnetos e um enorme legado.
Edgar Nunes foi ainda juiz de paz, bancário, pesquisador e marinheiro na época da Segunda Guerra Mundial. Foi também o jornalista responsável pelo Jornal de Negócios em 1991 e 1992 - que antecedeu o Diário do Sul, jornal que ele também participou na história. Fundador do semanário Nosso Jornal, também teve passagens pela Rádio Tubá, Jornal de Imbituba, A Crítica, Notisul, O Liberal e Gazeta Regional. Certa vez, contou que lançaria um jornal diário em 1974, mas a enchente estragou o maquinário e o sonho acabou sendo desfeito.
Autor de muitos livros, entre eles a “História do Clube 7 de Julho”, “Tubarão 2000: Universidade, falhas a serem corrigidas”, “Cinquenta anos de Jornalismo e Tubarão: Histórias e Lorotas”, foi um pesquisador sobre a Cidade Azul. Foi membro fundador da Acatul (Academia Tubaronense de Letras), onde ocupava a cadeira número cinco.
Nas redes sociais, muitas pessoas lamentaram sua partida. Como a amiga de longa data, Rosita Willemann Porto: “Hoje fui me despedir de um bom amigo, que por muitos anos foi juiz de paz de Tubarão, do Cartório Porto, jornalista e membro da Acatul. Muitos e muitos casamentos realizamos juntos, sempre honesto, digno de seu cargo. Descanse em paz, seu Edgar, que o nosso bom Deus o acolha e conforte seus filhos”, disse ela, que foi proprietária do cartório.
De acordo com uma das netas, Suelen Balduino Nunes, o avô deixou um grande legado à família e à cidade. “Ele teve uma história de vida rica, com muitas histórias. Era um apaixonado pelas letras, pelo jornalismo. Sem dúvida, nos ensinou muito”, diz.