O bailarino Matheus Pipoka, de Capivari de Baixo, foi um dos 25 brasileiros selecionados a participar de uma ação para profissionais da dança, promovida pelo Festival Internacional Dança em Trânsito.
O projeto acontecerá durante os próximos oito meses e possibilitará trocas de experiências entre profissionais nacionais e internacionais convidados, ampliando o debate e incentivando o desenvolvimento da linguagem da dança.
“Como profissional sempre busco por maneiras de aperfeiçoar meu trabalho e sair da minha zona de conforto. Participar desse projeto tem uma importância muito grande para mim, pois também é uma oportunidade de multiplicar os conhecimentos adquiridos com os artistas aqui da região. Por morarmos no interior, muitas informações não chegam até nós e pela falta de fomento do poder público essa situação se agrava ainda mais. Ainda temos muito a evoluir no quesito dança, então, participar desses intercâmbios de conhecimento é essencial para chegarmos a novos lugares com a nossa arte aqui da região”, relata o bailarino.
“Quem vê de fora a dança e a maestria dos bailarinos imagina que pela leveza, controle dos movimentos e expressão, essa arte seja algo extremamente fácil. Porém, dentro desse percurso, existe uma longa trajetória de anos de investimento e dedicação para se formar como bailarino profissional, o que se agrava ainda mais para quem mora no interior, pois as oportunidades são inferiores às dos grandes centros”, avalia.
Intercâmbio entre diversas cidades
Há 18 anos, o Festival Dança em Trânsito cria um território fértil que acolhe apresentações artísticas, formação, reflexão e intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do mundo. Um festival plural e itinerante, com motivação sempre crescente diante do compromisso de tornar cada vez mais visíveis, e para mais pessoas, as múltiplas expressões de arte.