Dos mais de mil mesários convocados, 80% são voluntários. Entre eles está o chef de cozinha Aliazar Mendes Zin
Desde as primeiras eleições diretas, em 1984, quando após o período de ditadura as pessoas puderam voltar às urnas para escolher os seus representantes no governo, o bancário aposentado e chef de cozinha Aliazar Mendes Zin, de Tubarão, é mesário voluntário nas eleições.
A participação em todo o processo e a vontade de contribuir com um dos momentos mais importantes da democracia fizeram com que Aliazar fizesse questão de, por livre e espontânea vontade, oferecer seu trabalho como mesário. E ele faz isso há exatos 40 anos, completados nestas eleições de outubro.
Segundo ele, que passou pela transição do voto impresso em cédulas até as urnas eletrônicas, é um ato de cidadania essa participação e poder, também, contribuir com as pessoas durante o momento do voto, auxiliando quando necessário em caso de dificuldades, por exemplo, é gratificante.
“Enquanto puder, serei mesário voluntário. Há alguns anos, sou o presidente de mesa e acredito que tenho contribuído satisfatoriamente com o meu trabalho. Nunca tive problemas no fechamento das urnas e encerramento do horário de votação. Agora só estou aguardando as eleições de 6 de outubro para, de novo, desempenhar este importante papel de mesário”, disse Aliazar, que atua em uma das seções no Colégio São José.
Transição
“A transição do papel para o eletrônico foi tranquila”, considera. “E acredito que com as urnas eletrônicas o processo seja mais ágil e seguro, já que com as cédulas, na hora da contagem, era um movimento muito grande de pessoas no entorno, tendo risco até de urnas com os votos serem danificadas ou até levadas do local por algumas pessoas com ânimos mais alterados por conta do processo eleitoral”, lembra.