Um reencontro emocionante marcou a vida do bombeiro aposentado Carlos Alberto Martins, de 53 anos. Ao ir ajudar um amigo, Beto, como é conhecido, foi surpreendido ao rever a pequena Antonella Silva Mendes, de Laguna. A menina foi salva pelo profissional quando, com apenas sete dias, se engasgou com leite materno.
Segundo Beto, o reencontro entre os dois não foi nada combinado. “O avô da menina é meu conhecido. Na semana passada, ele pediu que eu fosse até sua casa para ajudá-lo num trabalho. Ao chegar lá, a avó da menina Jasiane Silva se aproximou e disse que aquela era o bebê que salvei na virada do ano de 2011 para 2012”, conta o bombeiro aposentado.
Acostumado a salvamentos aquáticos, dentre eles através de mergulhos e auxílio com baleais encalhadas, Beto diz que rever alguém que salvou foi emocionante. “Não pude conter a emoção. Ela era um bebê e conseguimos reverter o quadro em que ela se apresentava. Lembrou meu filho que, há mais de 20 anos, passou pela mesma situação. São coisas que são impossíveis de esquecer”, diz Beto.
Jasiane conta que, no reencontro, Beto pediu para fazer uma foto com Antonella para marcar o momento. “Ela é bastante tímida, mas entendeu a importância daquele momento. Só temos que agradecer pela vida dela e do Beto”, fala a avó.
No reencontro, Beto diz que perguntou como Antonella estava na escola e pôde contar como tudo aconteceu no dia. “É algo que marcou minha vida. A gente está acostumado a lidar com ocorrências de todo o tipo. Mas quando envolve criança sempre é algo que nos deixa mais apreensivos. Agora imagina quando é um bebê recém-nascido e que a família está em desespero porque algo está acontecendo”, fala.
Aposentado das funções de bombeiro, para Beto, o que mais lhe motiva é saber que ele pôde servir e salvar pessoas durante sua trajetória de mais de 20 anos como bombeiro. “É algo que ninguém tira da gente. Vou levar cada história para sempre em minha memória”, diz o bombeiro que salvou Antonella.
Resgates na água
Beto conta que, durante sua trajetória, ocorrências na água, envolvendo baleias, também marcaram. “É uma adrenalina que não consigo nem explicar. Tudo ficará na minha memória”, destaca o bombeiro.
