Olá, meus aumiguinhos! Vocês não acreditam no que aconteceu este fim de semana aqui em casa. Estava tudo tranquilo, eu cochilando no meu cantinho, quando a minha família humana decidiu montar aquela tal árvore de Natal. Aquela que eles montam todos os anos, cheia de luzinhas e bolinhas brilhantes parecendo brinquedos, mas que não posso pegar. Uma vez até tentei, mas a árvore não gostou e quase caiu em cima de mim. Levei o maior susto! O presépio foi montado também, com bonequinhos que eu adoro cheirar, mas ouvi que são “sagrados”, seja lá o que isso significa.
No meio da decoração, a Renata, minha mãe humana, disse algo que me deixou cabreiro: “O espírito de Natal está entrando na nossa casa!” O quê? Um espírito? Aqui? Corri para me esconder atrás da árvore.
De repente, vi um vulto passando perto da janela. Meu coração quase saiu pela boca. Lati baixinho, para não chamar atenção do tal espírito. Foi aí que minha mãe descobriu meu esconderijo.
Ela viu minha cara de apavorado e morreu de rir. Daí ela me explicou que o “espírito de Natal” não é um fantasma, e sim algo que a gente sente quando essa época chega. É sobre o nascimento de Jesus, sobre reunir a família e os amigos, compartilhar alegrias e renascer junto com Ele. Eu escutei tudo com as orelhas em pé, tentando entender.
Ufa, então não tem espírito invisível vagando pela casa? Que alívio! Só que a mãe não parava de falar sobre como o “espírito de Natal” transforma as pessoas. Achei bonito, mas, sinceramente, preferia que o tal espírito transformasse minha ração em uma bela coxa de frango.
No final das contas, até que estou gostando desse clima natalino. A casa ficou linda e eu ganhei cafuné extra por ter sido corajoso (nem tanto). Agora, se me dão licença, vou ali verificar se o “espírito de Natal” também tem planos para rechear minha meia pendurada na lareira. Quem sabe ele deixa um osso bem grandão? Afinal, Natal também é sobre esperança, não é mesmo?