Oi, meus aumiguinhos! Tudo bem com vocês?
Quem me conhece sabe que eu adoro passear. Se for de carro, então, tô dentro. Inclusive um dos meus apelidos aqui em casa é Pingo Gasolino. Neste final de semana, fizemos um passeio muito especial. Fui com o vô Arthur, a tia Dani e minha família humana dar uma volta no Parque Energia +Diamante, lá em Capivari de Baixo.
Cheguei lá louco pra correr e cheirar as plantas, mas além da natureza encontrei um monte de gente! E também senti uma música no ar – mas era uma música diferente. Não era só ouvir, sabe? Era sentir! Aí fiquei meio envergonhado e grudei no vô Arthur. Mas logo fui chegando mais perto e vi um cara lá no palco. Minha mãe humana comentou que ele era o DJ Afonso Loss, um dos únicos DJs surdos de Santa Catarina. Ele mexia as mãos de um jeito que todo mundo entendia, mas não fazia nenhum som.
E aí, sabe o que percebi? Que eu entendo um pouco disso de ter que me comunicar de uma forma diferente, afinal sou cachorro e não sei falar. Daí tenho que arranjar uma maneira dos humanos me entenderem. Quando quero passear, por exemplo, levo minha humana até minha coleira e aí ela já sabe; quando quero comida, fico encarando até alguém ficar com pena e me dar um pedacinho; quando quero carinho, viro a barriga pra cima; e quando quero brincar, pego meu brinquedo e fico chacoalhando na cara deles. E eles entendem tudo direitinho!
O DJ Afonso também tinha o jeito dele de falar com todo mundo – era tipo uma dança com as mãos. E todos acompanhavam, dançando e vibrando juntos. Achei muito legal! Aí eu pensei: é isso, cada um fala do seu jeito. Eu com meus olhares, o DJ com as mãos. Eu sou o cachorro falador sem palavras, e ele, o DJ que sente a música sem som. E todo mundo nos entende, porque, no fim, o que conta é a voz do coração.
Um lambeijo e até a próxima semana!