No último domingo, aqui em casa foi uma festa! Meus irmãos humanos capricharam na homenagem à nossa mãe. Teve vídeo, música, surpresa e até vi umas lágrimas escorrendo no cantinho do olho dela. Eu fiquei só observando, com minha carinha de quem entende tudo — porque entendo mesmo. Afinal, ela também é minha mãe.
Não uma mãe qualquer. É minha mãe bichológica. Sim, esse tipo de mãe existe. São aquelas que não geraram a gente na barriga, mas acolheram com o coração. Que viram um olhar tristinho e perdido… e se comoveram. Decidiram que a adoção seria o melhor caminho — e talvez nem imaginassem o quanto seríamos gratos, e quanta alegria traríamos para seu lar.
Por isso, hoje escrevo em nome de todos os animaizinhos resgatados, adotados, acolhidos: nossas patinhas chegaram sujas e trêmulas, mas encontraram um colinho quente e um cantinho aconchegante.
Para minha mãe Renata, e para todas essas mães especiais:
Poema do Pingo para as Mães Bichológicas
Mãe que não tem rabo nem late,
mas me entende só no olhar.
Que fala com voz doce e suave,
e me ensina a confiar.
Mãe que me acolheu sem demora,
sem saber de onde eu vinha e a minha história.
Só viu em mim um olhar carente,
pedindo abrigo e amor de gente.
Mãe que limpa o que eu bagunço,
que segura meu medo e dor.
Que me chama de “Pingo lindo”,
e me enche de puro amor.
Mãe que me deu nova vida,
com ração, carinho e guarida.
Que fez da casa um paraíso,
Por isso sou todo sorriso.
Hoje eu habito teu coração,
com meu carinho de gratidão.
Feliz teu dia, minha rainha,
és mais que uma mãe bichológica, és minha vida todinha!
Um lambeijo especial para todas as mães do mundo – de sangue, de adoção, de coração.