26 DE JUNHO DE 2024
Fechar [x]

RAMIRES LINHARES

17/06/2024 06:00

Farrapos de ideias

Bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a ocasião!

Na edição nº 11.159 do jornal O Estado, publicada no dia 17 de junho de 1951, em Florianópolis, a experiente colunista Maria da Ilha escrevia mais uma de suas instigantes crônicas. Era mais um texto formidável, sob a epígrafe de “Farrapos de Idéias”, o mesmo título que costumava usar em seus escritos, desde que começou a escrever, em 1929.

Maria da Ilha era o pseudônimo utilizado pela professora Antonieta de Barros, para assinar suas crônicas, que fizeram grande sucesso na imprensa de então.

O texto que destacamos, que faz aniversário hoje, falava de democracia e começava assim:

“Os movimentos que agitam e dão colorido à vida das coletividades põem, em evidência, quase sempre, certas palavras, cujo significado se esbate e desaparece, diante da realidade dos fatos.

Na última campanha política, muito se usou e abusou da palavra Democracia.

Pela amplitude de liberdade e pela igualdade de direitos, em face da inteligência e da aptidão, a Democracia oferece aos espíritos libertos um clima de vida profundamente sedutor.

As sombras não são privilégio de ninguém e o sol é direito de todos. Os degraus que levam aos cumes mais elevados não se fecham aos que, podendo, querem galgá-los. Uma integral igualdade de direitos, sem diversidade de deveres. 

Repousando no respeito devido às maiorias, e não na tirania que estas possam exercer, a Democracia não agasalha escravos, mas homens.

Os democratas compreendem o poder vital dos ambientes purificados pela Liberdade; são homens com a consciência do direito de agir e optar e reconhecem, como primeiro e sagrado dever do vencedor, o respeito à individualidade do vencido.

A diversidade de opiniões no ambiente elevado das competições políticas, dentro das Democracias, é necessária, como força vitalizante e revigoradora do próprio regime.

Só os regimes totalitários, pelo poder da força e asfixia da Liberdade, têm a unidade nacional em torno de um partido. Daí, nas Democracias, não se justifica máscaras, nem atitudes postiças, na vida partidária das coletividades.

Cada um é o que é, pelo direito de sê-lo”.

Antonieta de Barros, mulher, negra, filha de mãe escravizada, diplomou-se professora com 20 anos, em 1921, e atuou na profissão boa parte da vida. Foi jornalista, escritora e a primeira mulher deputada estadual em Santa Catarina.
 

Papo de pai

- Pai, o senhor já se apaixonou por alguma professora?
- Sim, pela professora da primeira série.
- E o que aconteceu na época?
- Sua mãe trocou você de escola...

Resposta

Amigo meu chegou em casa perto das duas da manhã, meio cozido, e a esposa ainda acordada o esperava na sala, com o discurso pronto:
- Isso são horas de chegar em casa? Onde você estava?
- Estava na casa do Noé.
- Que Noé?
- Noé da sua conta!
A cirurgia de reconstituição do nariz do meu amigo foi um sucesso e ele já está no quarto.
 

Menino de Oficinas

O grande médico e escritor tubaronense Arary Cardozo Bittencourt, autor da obra “O Menino de Oficinas”, que contém importante registro histórico do bairro e da nossa cidade, foi reconhecido pela Academia Catarinense de Medicina, onde ocupa de forma titular a cadeira 31 da instituição, que tem como patrono o dr. Miguel Salles Cavalcanti. Dr. Arary é um dos médicos escritores de nossa cidade, que ainda tem Irmoto Feuerschuette, que ocupa a cadeira 49 da ACM, José Warmuth Teixeira e Mario Caporal, todos membros da Academia Tubaronense de Letras, com destaque na medicina.
 

Irmão

Grande amigo, profissional dos mais gabaritados e irmão que a vida me deu, Sérgio Moreira de Souza, ainda festejando o aniversário recente, junto com a Bibi e a Vivi. 


Frase solta, que deveria estar presa:
“Nunca haverá uma borracha para apagar o passado, mas sempre haverá um lápis para escrever o futuro”.

Diário do Sul
Demand Tecnologia

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR