Nesta sexta-feira vou entrevistar Estêner Soratto, pré-candidato a prefeito de Tubarão pelo PL. A entrevista será ao vivo no “Notícias da Cidade”, a partir das 8h20, devendo ocupar dois blocos da segunda edição. O tempo será limitado para que haja equidade em relação aos demais pré-candidatos. Tem gente especulando sobre o teor das perguntas que farei e qual deverá ser minha postura, mediante o fato de que tenho sido, ultimamente, bastante crítico em relação às ações do pré-candidato como deputado.
Não é prestação de contas
Fiquem tranquilos, porque nada fugirá dos padrões de normalidade e, muito menos, de respeito ao entrevistado. Sou bem profissional para distinguir posicionamentos político-partidários de ações legislativas ou executivas. Estêner não vai ao programa para prestar contas da sua atividade como deputado, ou do período em que esteve à frente da Casa Civil. É natural que essas funções sejam até citadas e, eventualmente, analisadas, mas sem o caráter de cobrança. Prestação de contas o deputado haverá de fazer em outra ocasião.
Vamos falar da candidatura
Os questionamentos sobre sua pré-candidatura (para alguns, prematura); dificuldades na montagem das listas para a vereança, tanto que aglutinou ao PL dois partidos pequenos para distribuir alguns nomes por essas siglas; as conversações com outros partidos; e os possíveis alinhamentos já definidos, inclusive com promessa de ocupação de cargos (como dizem por aí). Serão ásperos? Aí é outra questão. Penso que o deputado, por ter sido o primeiro a tornar pública sua intenção de concorrer e ter saído na frente dos demais pré-candidatos, em relação às conversações e ajustes, tem bastante coisa para falar e dirimir dúvidas. Mas ele já está calejado. Fiquem tranquilos. Vamos aguardar o resultado da sabatina.
Será que estamos preparados?
Um sistema de saúde que tenha condições de receber novas demandas, atendimento na segurança pública e a preocupação com a possibilidade de um intenso comércio de entorpecentes. Na opinião de vários advogados especialistas em direito penal, o país não está preparado para descriminalizar as drogas, e o ideal seria que tudo fosse submetido a um maior debate. A verdade é que este entrave entre Legislativo e Judiciário só vai causar mais transtornos e insegurança para a sociedade, na medida em que passa para o destinatário uma confusão muito grande, prejudicando a percepção do sistema de justiça como sendo democrático.
É grande demais
É preciso lembrar ainda que o Brasil é um país de proporções continentais e vai haver muita dificuldade no processo de acompanhamento, até porque a descriminalização induz à necessidade de fiscalização tributária e de vigilância sanitária. Situações estas que, em razão exatamente dessa proporção do país, tornaria a coisa bastante difícil, para não exagerar e dizer praticamente impossível.