Diz o noticiário político de Santa Catarina que os dois mais recentes ex-governadores do estado estão próximos de anunciar candidaturas a deputado federal. Carlos Moisés sinalizou a decisão recentemente em suas redes sociais, depois do sucesso do tratamento de sua esposa, Késia, contra um câncer de mama. É um movimento parecido com o que está vivendo o seu antecessor, Raimundo Colombo. Ambos chegaram ao ponto mais alto da política catarinense, mas foram engolidos pelas ondas bolsonaristas. Seus eventuais feitos foram superados por candidaturas que tinham como maior chamariz a foto de Jair Bolsonaro e ambos sofreram derrotas inesperadas. Os dois, aparentemente, ainda estão pensando por qual partido concorrer. Moisés deixou o PSL por criticar Bolsonaro e o Republicanos por se opor a Jorginho. Deve manter distância da extrema direita. Assim como Colombo, que pode ficar no PSD ou até migrar para o MDB. Será que conseguem renascer no estado que importa filhos de Bolsonaro de tempos em tempos?
As derrotas de Raimundo
Raimundo Colombo foi derrotado em duas disputas consecutivas na busca por uma cadeira no Senado. Em 2018, ficou em quarto lugar, atrás dos eleitos Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL) e do então vereador de Tubarão Lucas Esmeraldino (PSL). Em 2022, mais uma vez era tido como favorito e, novamente, foi engolido pela onda de direita. Ficou em segundo, bem atrás de Jorge Seif (PL). Dessa vez, poderia concorrer pelo PSD ou mesmo pelo MDB.
A derrota de Moisés
Moisés, por sua vez, não conseguiu sequer passar ao segundo turno na busca pela reeleição, em 2022. Ficou atrás de Jorginho Mello (PL) e de Décio Lima (PT). Teve seu nome ventilado pelo Podemos, mas o partido tem dificuldade de erguer uma chapa. Seria o MDB também uma possibilidade?
O lugar de Amin
Curiosamente, até mesmo Esperidião Amin vive os efeitos do império bolsonarista na direita catarinense. Mesmo tendo feito esforços constrangedores para ser visto como um membro do time, ele – também ex-governador – teve sua candidatura rechaçada por Carlos Bolsonaro, que pretende se apoderar de sua cadeira e quer Caroline de Toni como parceira de chapa. Mais um que paga pelas escolhas que fez.