A divulgação dos vídeos da delação premiada de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, é rica demais para se comentar em um texto só. Poderíamos falar sobre a entrega dos detalhes dos planos de golpe de Estado, alinhavados com assustador amadorismo – que só a certeza da impunidade é capaz de explicar. Não menos importante é a exigência de apresentação de provas – como mensagens de celular -, o que torna o evento absolutamente histórico. Mas vale prestar atenção na sensação de abandono que o depoente experimentou. Acostumado a aparecer ao lado do líder do grupo, ele percebeu que foi de alguma forma usado. Notou que se propor a ir aos Estados Unidos vender joias não lhe rendeu grande reconhecimento. Ao contrário, que os verdadeiros arquitetos do plano estão em situação confortável. Mauro Cid descobriu que a conta ficou para os peixes pequenos. Talvez não imaginasse que ele próprio fosse um deles. Será que ele foi enganado?
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MDB no governo
A repentina adesão do MDB ao governo Jorginho Mello, aceitando espaços que antes pareciam pequenos demais para o partido, começa a desenhar a eleição de 2026 no Estado. A nomeação do deputado federal Carlos Chiodini na Agricultura e do primeiro suplente de deputado estadual Emerson Stein no Meio Ambiente abre espaços na Câmara e na Assembleia e cria expectativa para prefeitos do partido.
Criciúma na Câmara
Para a vaga de Chiodini o convocado é Luiz Fernando Vampiro, que será o quinto deputado federal de Criciúma – que conta ainda com Júlia Zanatta (PL), Daniel Freitas (PL), Ricardo Guidi (que trocou o PSD pelo PL) e Geovania de Sá (PSDB), que assumiu como titular depois de Carmen Zanotto (Cidadania) assumir a prefeitura de Lages.
A chapa do Jorginho
Fica difícil imaginar que Jorginho não vá ter um vice do MDB em 2026. O nome natural parece ser o de Chiodini. Desta forma, restariam apenas as candidaturas ao Senado para atrair outros aliados.