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MATHEUS MADEIRA

31/01/2025 06:00

O que fizeram com o Joel?

O portal Sul Agora publicou na terça-feira uma série de matérias após entrevistar a esposa de Joel Borges Corrêa, caminhoneiro tubaronense que está preso na Argentina – para onde fugiu depois de condenado pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O ato foi gravíssimo e a participação de Joel está fartamente documentada em fotos e vídeos da barbárie. O papel dos seus defensores é notadamente desafiador. Mesmo assim, o sentimento de compaixão pela família é inevitável. A entrevistada relata não saber o motivo pelo qual seu esposo resolveu ir a Brasília.

Parece difícil crer que um cidadão embarca num ônibus para viajar quase 2 mil quilômetros sem ter uma razão, mas uma declaração revela um raciocínio um tanto confuso: Joel estaria com medo “da agenda do novo governo (aborto, agenda woke, sexualização das escolas, família)”.

Alguém comandou a repetição exaustiva de palavras de ordem sem muito sentido em grupos de extrema direita para que a tentativa de golpe se materializasse em 8 de janeiro de 2023. O eventual beneficiado, curiosamente, assistiu a tudo dos Estados Unidos, pela TV. O incrível é que faz sentido.

Um governo distante

O governo Jorginho Mello (PL) é distante da Assembleia Legislativa. Quem disse não fui eu, mas sim o deputado estadual Pepê Collaço (PP), em entrevista à rádio Jovem Pan de Tubarão nesta semana.

Pepê, cumpre lembrar, não é um parlamentar qualquer. Foi líder da bancada do PP e provavelmente assumirá a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia no sábado. O distanciamento de Jorginho, pelo visto, não é apenas com o MDB.
 

Um quase ex

Às portas de encerrar seu mandato de presidente da Alesc, o deputado Mauro de Nadal não ficou em cima do muro: em coletiva de balanço do mandato, defendeu que o MDB não amplie sua participação no governo estadual e falou até em candidatura de Carlos Chiodini à sucessão de Jorginho. Uma forma de tentar furar a polarização entre Jorginho e João Rodrigues (PSD).

Críticas aliadas

Quem também foi criticado por um aliado – ao menos em tese – foi o presidente Lula (PT). O emissário também não é de pouca relevância: o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O começo do terceiro ano de gestão sempre é momento de recalcular rotas e sábado é dia de eleger também as presidências da Câmara e do Senado.

Diário do Sul
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