Desde a Constituinte de 1988 há um grupo considerável de agentes políticos tentando debater política tributária no Brasil. E não é só na esquerda, não. Mesmo em lideranças oriundas da Arena, o partido que dava sustentação à ditadura militar, essa pauta aparecia. Embora o impacto direto na vida das pessoas seja óbvio, colocá-la no centro do debate nunca foi fácil. Em primeiro lugar, claro, pela complexidade do assunto. Depois, e não menos importante, porque colocar quem é super-rico para pagar mais impostos incomoda um grupo de pessoas – os próprios super-ricos, para a surpresa de ninguém. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou lá. Ao combinar com o governo a aprovação da alteração no IOF e “descombinar” horas depois, ele forçou a pauta. Afinal de contas, isentar quem ganha até R$ 5 mil mensais de Imposto de Renda é justo? O topo da pirâmide financeira brasileira está ficando desamparada? Precisa que os trabalhadores assumam a sua defesa? Pelo menos o assunto está em pauta e devemos isso a Hugo Motta.
Nova federação
O Cidadania deve formar uma federação com o PSB. Sempre é válido relembrar que o Cidadania é o antigo PPS, que era uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro, o PCB. Portanto, poucas siglas têm raízes tão profundas na esquerda, apesar da associação com o PSDB em um passado recente.
Universidade Gratuita
Os alunos de Tubarão que não foram contemplados com as bolsas de estudo do governo do Estado aguardam a tramitação do Projeto de Lei Complementar 9/2025, de autoria do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), que garante o pagamento das dívidas decorrentes de matrícula e mensalidades. Uma emenda do deputado Pepê Collaço (PP) garante a inclusão também dos alunos que seriam contemplados pelo Fumdesc, modalidade em que se inserem os estudantes de instituições privadas, como a UniSul.
A culpa é sua
Ex-assessor e figura influente no governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten deu entrevista à CNN e disse que a direita precisa criticar quem invadiu as sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023. Dias antes, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, garantiu a empresários que, se eleito presidente, buscará o indulto ao ex-presidente. A cada dia fica mais claro que a estratégia é livrar Bolsonaro e jogar os “malucos” na fogueira.