Imaginem uma versão de uma tradicional família brasileira. O pai, quando presidente da República, imitou pessoas com falta de ar durante a pandemia. Confrontado sobre o número de mortes no Brasil, bradou que não é coveiro. A esposa não faz questão nenhuma de esconder que não vai com a cara dos filhos. E os filhos são um capítulo à parte: todos se elegeram para algum cargo às custas da “fama” do pai – e todos têm produção parlamentar risível. Parece um comercial de margarina, não é? O primogênito, que deve primar pelo exemplo aos demais, fugiu para os Estados Unidos e busca explicitamente a taxação das exportações do seu país. A união familiar se tornou mais clara quando vieram à tona as mensagens em que ele chama carinhosamente o pai de “ingrato” e recomenda: ”VTNC” – cabe a nós imaginar o significado da sigla. Sempre é bom citar sambas aqui nessa coluna e “A Grande Família”, interpretada por Dudu Nobre: “Essa família é muito unida/ E também muito ouriçada/ Brigam por qualquer razão/ Mas acabam pedindo perdão”. Será que a parte do perdão ainda vem?
O tio fofoqueiro
Toda família tem aquele amigo que é praticamente do seio familiar. Nesse caso podemos chamar de “tio Silas”. O tio Silas manda mensagem para o pai xingando o filho e vice-versa. Faz uma confusão danada e está sempre colocando lenha na fogueira. Talvez ele não contasse que suas fofocas também seriam reveladas, para a glória do bom entretenimento e do combate ao golpe.
Só falta o Lineuzinho
Se for para comparar com A Grande Família do seriado, temos concorrentes muito claros à vaga do Augustinho Carrara, o malando que não queria saber de trabalhar e que tentava levar todo mundo no bico. Mas faz falta alguém que se encaixe no perfil do Lineu, uma liderança ponderada que trazia equilíbrio para que todos, apesar de terem brigado por qualquer razão, acabassem pedindo perdão.
Violência contra a Mulher
O Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC) reprovou os Planos de Ação apresentados por três órgãos do governo estadual para o combate à violência contra a mulher. A decisão, publicada no Diário Oficial Eletrônico desta quinta-feira, atinge a Secretaria de Estado da Educação, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família, e o Conselho Estadual de Direitos da Mulher. De acordo com o TCE/SC, mais do que ações genéricas ou medidas pontuais, o governo do Estado precisa agir com rigor, ações proativas, agilidade e integração de serviços para o enfrentamento e prevenção da violência contra a mulher.