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MATHEUS MADEIRA

30/05/2025 06:00

E se fosse a Virgínia?

“Ponha-se no seu lugar” parece frase de novela mexicana. Daquelas que carregam a tinta demais no drama e geram vilões absolutamente exagerados, que dizem coisas que jamais sairiam da boca de um ser humano normal. Mas foi isso mesmo que o senador Marcos Rogério (PL-RO) falou para a ministra Marina Silva – uma das mais respeitadas ambientalistas do mundo, goste-se ou não de suas ideias. Muito embora seja uma ideóloga da área, Marina se propõe a debater suas pautas com um Congresso tomado por empresários que estão pouco se lixando para a sustentabilidade do planeta. Só aí já mereceria aplausos, mas os ventos da política mundial são outros e os senadores se sentem à vontade para promover uma baixaria que inclui ameaças de enforcamento públicas e reiteradas. É inevitável comparar a cena com o depoimento da influenciadora Virgínia, dias atrás, que ainda precisa explicar bem melhor suas relações com o jogo do tigrinho. São os tempos em que vivemos.

João e Jorginho
João Rodrigues, prefeito de Chapecó, estará na região nesta semana. Participa do “Entrevista Tubá” no sábado e deverá reafirmar a sua conhecida segurança no processo que, diz, o conduzirá a ser candidato a governador pelo PSD no próximo ano. Deve ser mesmo o caminho, já que a imprensa estadual parece convencida de que o projeto de união com Jorginho Mello naufragou. Podemos ter uma reedição aqui do cenário nacional. O bolsonarismo mais tradicional não abre mão de ter seu próprio nome na disputa e o que podemos chamar de “centro-direita” apresenta também as suas armas.

A estratégia da direita
Vamos ser objetivos: o ex-presidente Bolsonaro nunca negou que recorre a benesses do poder para proteger a si e a seus filhos. Tudo indica que vai precisar demais no ano que vem, já que sua situação na ação penal do golpe piora a cada depoimento. Não deve abrir mão de indicar um cabeça de chapa de sua confiança — ou até da sua família mesmo, que é em quem ele confia no fim das contas. Michelle é o nome da vez. Na política, um nome pode ser exposto ao sol cedo demais para ser fritado em praça pública. Vamos ver.

E os governadores?
Aos governadores que sonharam com uma candidatura em que o bolsonarismo virasse coadjuvante, restará buscar seu caminho. Talvez Ronaldo Caiado para um lado e Eduardo Leite para outro, com encontro marcado para o segundo turno. Talvez todos juntos desde já, tentando tirar o clã Bolsonaro do segundo turno. Parece ser o mapa hoje.

Diário do Sul
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