Lula não consegue superar o centrão. Para se ter uma ideia, no atual governo, o presidente conseguiu converter em lei apenas 15,9% das medidas provisórias que propôs. Muito diferente do seu primeiro mandato, quando, em sintonia com o Congresso, transmudou 93,9% das medidas provisórias propostas.
Esse dado é o principal sintoma para se perceber não só uma fraca articulação política governamental, como também para poder avaliar que os números de rejeição do atual presidente, apresentados pelas últimas pesquisas, contribuem diretamente nessa deficiência.
O futuro próximo tem cheiro de sangue, que os parlamentares de centro conseguem sentir a quilômetros de distância.
Quem manda II
A retirada de pauta da MP 1303 é um exemplo perfeito de como o centrão trabalha.
A justificativa do governo, de que a proposta era um passo importante para reduzir as distorções e privilégios fiscais e que as novas regras atingiriam principalmente a parcela mais rica da população, foi defenestrada pela oposição sob o argumento de que a MP era uma medida com foco exclusivo na arrecadação, que não possuía uma reforma estrutural mais ampla e teria potencial de impactos negativos para a economia real.
As premissas elencadas pelos parlamentares de centro não só são aceitáveis como também oportunas, mas, para além dos debates técnicos, o que se viu dos opositores do governo foi a certeza da imposição de mais uma dificuldade a Lula, que terá, em um importante ano eleitoral, menos dinheiro em caixa para gerir.
O jogo já começou
A derrota acachapante do governo Lula com a retirada de pauta da MP1303 tem um responsável direto: Tarcísio de Freitas.
Pelo menos foi o que o governo prolatou aos quatro ventos após a derrocada.
E, convenhamos, atribuir nominalmente a derrota ao governador paulista, seu principal opositor eleitoral, em uma norma que visava aumentar tributos, é daquelas ajudinhas que nem o próprio Tarcísio esperava.
Nada mudou
Os números da última pesquisa Quaest mostram que Lula continua subindo. A aprovação (48%) e a desaprovação (49%) estão em empate técnico na margem de erro. Esta é a melhor avaliação do governo desde janeiro e tal fato pode ser colocado na conta de uma direita que prefere continuar fazendo política de intenso confronto ao invés de mostrar um novo projeto ao país.
Porém, apesar do avanço do presidente, sua rejeição (51%) continua em números que impossibilitam uma reeleição, contrariando alguns mais emocionados que, ao considerarem apenas o atual momento, concluem precipitadamente como sendo fato já consumado.
Nada mudou II
A pesquisa mostra que 56% dos entrevistados são contra a reeleição do presidente. Isso é um indicador importante da resistência do eleitorado.
Lula sabe que essa onda construída pela direita tem prazo de validade. O primeiro trimestre de 2026 já será um novo cenário e trará com ele um centrão ainda mais sedento por espaços. Espaços estes que Lula não terá para dar.
Assim, com índices de reprovação imutáveis, com idade avançada e sem apoio do centrão, Lula deixará de ser candidato não por amor ao país, mas por amor a ele próprio. Sair da presidência com uma derrota eleitoral é algo que ele não se permitirá passar.
Bike
Essa turma não descansa. Depois de pedalarem pelas cidades históricas de Minas Gerais, Hamilton Aguiar e Zanza, Renato D´Alascio e Mirian, Waldir Fretta e Keka e Romilton Crozetta e Danuza estão na Europa para pedalar centenas de quilômetros nos lugares mais interessantes que possam existir por lá.
Que seja uma viagem para ficar na história.
Canto da beleza
Elegância natural e brilho nos olhos. Ana Karla é o tipo de pessoa que ilumina o ambiente assim que entra, e essa característica é um trunfo inegável, especialmente em um ramo que depende tanto da confiança e do relacionamento interpessoal.
Mas, convenhamos, para se manter em um mundo com tanta competividade como é o do ramo imobiliário não basta ter essa energia, é preciso, também, resiliência, capacidade de adaptação e visão estratégica... características que a Ana tem demonstrado ter de sobra nesse novo desafio que resolveu trilhar.
Demolição
Uma casa com mais de 100 anos de história foi demolida na praia do Cardoso, no Farol de Santa Marta, na última quarta-feira.
Às vezes eu fico me perguntando que Justiça é essa que, para demolir uma construção pequena e centenária age com extremo rigor, e no mesmo litoral permite obras de grande impacto ambiental sem maiores questionamentos.
