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GLAUCO MORETTI

23/04/2025 06:00

Impecável

De alguns ciclos olímpicos pra cá, percebemos que os esportes individuais estão se sobressaindo em títulos se comparados aos coletivos. Mas nunca imaginei que veríamos alguém no topo no tênis de mesa. Pois Hugo Calderano conseguiu. Atual quinto do ranking, derrubou o terceiro colocado, o vice-líder e o líder do ranking em sequência. Tomokazu Harimoto (JAP - 3°), Wang Chuqin (CHN - 2°) e Lin Shidong (CHN - 1°) foram as vítimas do brasileiro.

Topo
O brasileiro enfrentou cenários adversos e mostrou atitude contra a realeza do tênis de mesa. Ele saiu perdendo para Harimoto, nas quartas de final, e Lin, na final. A virada veio de maneira avassaladora, e os jogos terminaram em 4 a 1 para o brasileiro. A semifinal, contra Wang, foi mais dramática — Calderano perdia por 3 a 1, mas buscou a vitória heroica por 4 a 3. Campeão do mundo, na casa dos adversários. Simplesmente sensacional. 

Profissão complicada
Todo respeito ao Bráulio da Silva Machado, morador de nossa cidade, árbitro Fifa até recentemente, onde perdeu o escudo somente por conta da idade, e não por competência técnica. Todos nós que gostamos e acompanhamos futebol sabemos o quanto é difícil ser árbitro, pois a paixão por um clube faz cegar o torcedor. Mesmo aqueles mais razoáveis, que dão vazão à razão e não à emoção no dia a dia, às vezes se deixam levar pelo clubismo exacerbado.  

Difícil entender
Bráulio está caminhando para o final de carreira e não merecia passar pelas manchas que 2025 está impondo, mas, em parte, por culpa do próprio árbitro. Penso, olhando de longe, que Bráulio está deixando de fazer o simples e o simples é o que dá certo. Numa oportunidade, quando precisava ser centralizador, foi democrático. Em outra, quando precisava ser democrático, foi centralizador em suas decisões. 

Pode pegar geladeira
Bráulio entende muito bem que é ele o responsável por muita coisa dentro de campo. No jogo do Barra, poderia ter batido no peito, mas resolveu dar voz para um assistente que estava do outro lado do campo e mudou uma decisão após o apito final. Era óbvio que iria dar celeuma. E o no Grenal, não deu bola para os assistentes do VAR que o chamaram para uma possível penalidade. Ele foi chamado, reviu o lance e manteve sua convicção. Nos dois casos, no entendimento deste colunista, faltou fazer o simples.

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