A decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de encerrar a exigência de aulas em autoescolas para a obtenção da CNH reacendeu o debate sobre segurança viária. Em um trânsito cada vez mais caótico, marcado por imprudências e por uma frota que cresce a cada ano, é no mínimo questionável flexibilizar etapas que deveriam reforçar — e não afrouxar — a formação dos futuros motoristas.
Democratização
Para muitos especialistas e defensores da segurança no trânsito, o caminho deveria ser o oposto: regras mais rígidas, mais preparo e mais responsabilidade, tanto para quem ensina quanto para quem aprende. Já o governo defende que a medida democratiza o acesso à carteira de habilitação, especialmente para quem encontra dificuldades financeiras para arcar com os custos das autoescolas.
O futuro dirá
No entanto, engana-se quem imagina que o processo se resumirá a um simples cadastro e à retirada da CNH. O candidato continuará enfrentando provas, incluindo o exame teórico, no qual será necessário acertar no mínimo 20 questões para ser aprovado. Caso reprove, poderá refazer a avaliação quantas vezes forem necessárias. Resta saber se essa abertura realmente ampliará o acesso sem comprometer a segurança ou se, no futuro, o preço será pago nas estatísticas de acidentes que já tanto preocupam o país.
Mudança
A prefeitura de Laguna encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei complementar que propõe a criação do Instituto Ambiental de Laguna, autarquia que substituirá a Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) após 19 anos de atuação. Segundo o presidente da fundação, Celso Albuquerque, que conduz o processo de transição, a mudança é necessária e estratégica.