A obra do professor da Unisul, Mario Abel Bressan Júnior, será lançada hoje, às 19h30, no restaurante Céu da Boca, em Tubarão. O livro “Memória Teleafetiva” defende um termo que, até então, não existia publicado e busca trazer as explicações para a afetividade que as pessoas têm pela programação televisiva.
“A memória teleafetiva recupera a recordação de uma experiência vivida em determinada época, data ou ano, em que pessoas tiveram acontecimentos diante da TV ou rememorados a partir dela. Uma cena ou uma música, por exemplo, podem evocar sensações prazerosas e sentimentais sobre algo vivido. Isso em virtude de uma relação afetiva intensificada pela TV”, esclarece Mario.
Para a formulação dessa nova definição, Mario se propôs a observar o passado que a televisão recorda através das reprises, principalmente de novelas, e o porquê de as memórias serem tão fortes nesse meio de comunicação. Ele analisou o Canal Viva, que possui uma audiência muito alta na TV a cabo e trabalha com reprodução de telenovelas antigas e que já fizeram sucesso na programação.
“Minha pesquisa analisou os efeitos e que estratégias existem nesse tipo de programação, que é totalmente déjá-vu, e por que trazia tantos efeitos nostálgicos, tanta movimentação nas redes sociais, como no Twitter. Eu percebia que jovens que não tinham visto aquela telenovela, por exemplo, também acompanhavam. Então, busquei entender que memória era essa que eles carregavam, e que memória tinham as pessoas que já haviam assistido na primeira vez e que agora estavam revendo no Canal Viva”, destacou Mário.
O autor
Mario Abel Bressan Júnior é natural de Tubarão e trabalha na Unisul há 22 anos. Ele é docente da instituição desde 2003 e, atualmente, leciona nos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e no programa de pós-graduação em Ciências da Linguagem (mestrado e doutorado). A televisão sempre permeou os interesses de estudos do professor e o compartilhar de conhecimento também. Em 2011, a dissertação de mestrado também se tornou um livro, intitulado de “Semiótica do Crime: a semiótica da narrativa na telenovela”.