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SC tem 30% da população carcerária empregada

Em Tubarão, cerca de 150 presos trabalham dentro e fora das unidades

25/04/2025 06:00|Por Redação

Cerca de 150 internos do Complexo Prisional de Tubarão atuam no mercado de trabalho. Seja dentro ou fora das unidades, a oportunidade de exercer uma profissão é uma forma de ressocialização benéfica para o preso e também para o Estado. 

Segundo dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) ao Diário do Sul, 86 internos da penitenciária da cidade trabalham dentro da própria unidade. São 33 em uma oficina laboral da Teixeira Têxtil, na produção de sacarias, tecidos e big bags, 25 na empresa Afinatto, terceirizada de cozinha da unidade, e 28 na manutenção da penitenciária. 

Já no Presídio Regional são 62 presos. Trinta e oito deles atuam na manutenção da própria unidade e outro atua dentro do presídio para a Atlantis Saneamento, que é a empresa terceirizada responsável pela Estação de Tratamento de Esgotos da Unidade. Outros nove presos realizam o serviço de limpeza pública em Capivari de Baixo, 10 atuam no Líder Atacadista e quatro são auxiliares de produção na Termobloco. 

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R$ 28 milhões  

Santa Catarina tem se destacado no cenário nacional pela política de ressocialização por meio do trabalho dentro do sistema prisional. Atualmente, três em cada dez presos do Estado exercem atividades remuneradas, número superior à média nacional. São 8.392 detentos em atividades laborais — o equivalente a 30% da população carcerária estadual —, enquanto no Brasil a média é de 23,8%. Os dados são da Sejuri. 

Em 2024, o trabalho dos detentos catarinenses movimentou R$ 28 milhões. O valor arrecadado é revertido para diferentes finalidades: metade do salário vai para a família do detento; 25% ajuda a custear a própria estadia no sistema prisional; e os 25% restantes são depositados em uma poupança, acessada apenas após o cumprimento da pena, medida que contribui para uma retomada de vida mais digna, segundo a secretaria.

Instrumento de reintegração social

Com 53 estabelecimentos penais, Santa Catarina possui 51 unidades com termos de parceria firmados com empresas privadas ou órgãos públicos. Em 32 delas, os detentos exercem atividades externas em empresas. Em quatro unidades, os próprios presídios mantêm empreendimentos produtivos com participação dos detentos. As áreas de atuação vão muito além do artesanato, tradicional no sistema penal brasileiro: em SC, os presos trabalham com montagem de eletrônicos, produção de móveis, confecção de uniformes e corte e costura industrial. “A iniciativa não só contribui com a manutenção do sistema prisional, mas representa um instrumento efetivo de reintegração social, reduzindo os índices de reincidência criminal”, afirma a Sejuri. 

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