Sentença por feminicídio veio após 30 horas de julgamento e não permite recurso em liberdade
Após quase 30 horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Imbituba condenou o homem acusado de matar a jovem Isadora Viana Costa em maio de 2018. A pena foi fixada em 12 anos de prisão em regime fechado, e o réu também perdeu o cargo público que ocupava.
O Conselho de Sentença acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que comprovou a prática de homicídio qualificado por feminicídio.
Segundo a acusação, após uma discussão motivada pelo consumo de drogas, o réu agrediu Isadora, provocando ferimentos que resultaram em sua morte. Laudos periciais descartaram a hipótese de overdose.
Mesmo diante da gravidade das agressões, ele demorou a chamar socorro, o que agravou o quadro da vítima. Durante o julgamento, amigas relataram que a jovem vivia em constante medo do comportamento do acusado. Delegados e peritos também confirmaram os elementos que sustentaram a condenação.
Em meio à dor, familiares expressaram alívio parcial pela decisão. “A Isadora era a minha melhor amiga, e eu nunca mais vou ter ela na minha vida. É uma dor que vai ficar para sempre”, disse a irmã gêmea, Mariana. O pai, Rogério, destacou que a sentença trouxe algum conforto. “Contente eu não vou estar, mas com a consciência aliviada, o coração um pouco mais leve para tentarmos recomeçar”.
A mãe, Cibelle, reforçou o impacto irreparável da perda. “Minha dor nunca mais vai embora, vou conviver o resto da vida com a falta da minha filha, mas o nome e a história dela foram honrados”.
O condenado não poderá recorrer em liberdade e foi encaminhado ao presídio para início do cumprimento da pena.