Segundo a polícia, os organizadores regularizaram parte da documentação, mas não obtiveram o alvará específico para a área do evento
A apresentação de carros de luxo em um evento em Grão-Pará, que terminou com a morte de Patrícia Oening Foss, de 38 anos, na última sexta-feira, “sequer deveria ter acontecido”, afirmou a delegada Jucinês Ferreira, da Polícia Civil.
A vítima foi atropelada por um Porsche conduzido por um médico neurocirurgião. Ele foi preso, mas responde em liberdade após pagamento de fiança. Outras duas mulheres ficaram feridas e já receberam alta médica.
Segundo a polícia, os organizadores regularizaram parte da documentação, mas não obtiveram o alvará específico para a área do evento. “A apresentação propriamente dita sequer era para ter acontecido, porque todas as supostas autorizações solicitadas eram para a corrida oficial do fim de semana, e não para aquela exibição”, destacou a delegada à NSC.
Na noite de sexta, o carro perdeu o controle, avançou sobre a área de escape e atingiu os espectadores. O Instituto Geral de Perícias confirmou que os freios do veículo estavam funcionando normalmente.
De acordo com a PM, o motorista permaneceu no local e auxiliou as vítimas. O teste do bafômetro deu negativo para ingestão de álcool.
A defesa do médico alegou que ele é piloto federado no Rio Grande do Sul e prestou atendimento às vítimas. Os advogados afirmaram que as circunstâncias do acidente serão esclarecidas com os laudos técnicos e que havia aglomeração em uma área que deveria estar isolada.