Seminário na Alesc hoje discute apoio para concorrentes femininas na eleição
Com o objetivo de fortalecer as candidaturas femininas e aumentar a participação das mulheres na política, promovendo a atuação suprapartidária e a criação de redes colaborativas em Santa Catarina, a Escola do Legislativo da Alesc, em parceria com o TRE, promove o Seminário “Quero você eleita”. O evento é hoje, das 8h30 às 17h30, no Plenarinho da Alesc.
A desigualdade de gênero na política, porém, não ocorre apenas no Brasil, onde mais da metade da população e do eleitorado são mulheres.
Inclusão
“A inclusão de mais mulheres é uma questão não só de justiça, mas de interesse público. A sub-representação feminina afeta negativamente o desenvolvimento e avanço da sociedade”, pondera a diretora da Escola da Alesc, Marlene Fengler, ao observar que o seminário também tratará de vários aspectos técnicos de quem tem interesse em participar das eleições de outubro.
A participação de mulheres no Congresso brasileiro é menor do que 20%, de acordo com relatório anual da União Inter-Parlamentar (UIP) publicado em 2022, considerando o índice de representatividade na Câmara de Deputados de 17,7%, e de apenas 16% no Senado.
Ainda segundo a entidade demonstra nos dados, em todo o mundo apenas 26,5% das cadeiras parlamentares são ocupadas por mulheres.
No Brasil
No ritmo atual, a UIP calcula que as mulheres levarão 80 anos para atingir a paridade nos parlamentos em nível mundial. Estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e, em média, somente 15% de eleitas.