A fenilcetonúria é caracterizada pela ausência ou pela diminuição da atividade de uma enzima do fígado, que transforma a fenilalanina (aminoácido presente nas proteínas) em outro aminoácido, chamado tirosina. A dificuldade desse processo metabólico leva ao excesso de fenilalanina circulando no sangue, podendo dificultar o desenvolvimento neural e causar retardo mental, pode levar também a crises convulsivas e comportamento agressivo.
O tratamento da fenilcetonúria é essencialmente dietético, através da restrição do consumo de alimentos que contenham elevado teor de fenilalanina. A dieta deve ser personalizada, respeitando a tolerância de cada indivíduo, pois a quantidade pode variar de acordo com a idade e atividade enzimática. Existem recomendações mínimas para cada faixa etária, já que se trata de um aminoácido essencial, sendo importante assegurar determinado nível no sangue.
Também é recomendado fazer o acompanhamento dos níveis de fenilalanina através de exames laboratoriais, além do controle do aminoácido na alimentação.
Alimentos que contêm baixo teor de fenilalanina são os que apresentam até 20mg do aminoácido a cada 100g de alimento: tapioca, polvilho doce, sagu, mel, café e chá.
Alimentos com médio teor são os que apresentam entre 20mg e 200mg a cada 100g de alimento: arroz, batata-inglesa, batata-doce, batata-salsa, mandioca, cará, abóbora, abobrinha, berinjela, beterraba, brócolis, cenoura, chuchu, couve-flor, jiló, quiabo, repolho, vagem, tomate, pepino, pimentão, cebola e folhosos. Estes alimentos devem ser fornecidos com as quantidades prescritas, pois dependem da idade e atividade enzimática do fenilcetonúrico.
Os alimentos que devem ser evitados por conter alto teor de fenilalanina em sua composição são: feijão, ervilha, soja, grão-de-bico, lentilha, amendoim, leite e derivados, achocolatados e ovos.
Para saber um pouco mais sobre os alimentos e as suas respectivas quantidades de fenilalanina, acesse a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos para Fenilcetonúricos.
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