Dez unidades escolares, em quatro municípios, receberam os equipamentos
A Escola Municipal Santo André, em Capivari de Baixo, começou a utilizar o gás de cozinha produzido pelo biodigestor instalado no final do mês de maio deste ano. O gás passou a ser utilizado no preparo da alimentação escolar. No auge da produção, que deve se dar daqui a aproximadamente 90 dias, o fogão terá a possibilidade de ser usado por cinco a sete horas por dia.
O equipamento é um dos três que o município recebeu, por meio de um projeto de educação ambiental do Ministério do Meio Ambiente, em convênio com o Consórcio Intermunicipal da Amurel (CIM/Amurel). Tubarão (cinco), Armazém (um) e Sangão (um) também foram contemplados, mas todos os demais nove equipamentos ainda estão em fase de instalação.
Além da direção da escola e do prefeito Claudir Bitencourt, também estava presente o responsável pela instalação do biodigestor e treinamento, João Carlos Ramos da Silva, representante da empresa que venceu a licitação para fornecer os biodigestores.
O convênio envolve recursos na ordem de R$ 149 mil. Deste total, R$ 139 mil foram para a compra dos 10 equipamentos e R$ 9,7 mil para o treinamento aos usuários, instalação e suporte técnico aos biodigestores. O segundo valor foi a contrapartida dos quatro municípios.
Projeto
O projeto tem como propósito desenvolver atividades nas escolas municipais, com o objetivo de coletar resíduos orgânicos do refeitório para produção de biogás, que é utilizado nos fogões das escolas, e biofertilizante para reutilização na horta escolar, podendo ser doado também para a comunidade onde está inserida a escola.
No caso da Escola Santo André, o biofertilizante já começou a ser produzido também, só que, segundo o responsável, nos primeiros meses ele ainda não tem as mesmas propriedades do que o que virá daqui a alguns meses.
Instalação de equipamentos é abordagem eficaz
Escolas públicas ou particulares que adotem práticas de sustentabilidade podem requisitar o selo Escola +Verde. A certificação é um reconhecimento do Ministério do Meio Ambiente e um diferencial para estimular a educação ambiental dentro e fora de sala de aula.
Segundo o CIM/Amurel, a instalação de biodigestores traz uma abordagem prática e eficiente para a educação ambiental. “Esta iniciativa desperta no aluno a preocupação em separar o lixo, em destinar corretamente o resíduo orgânico e o sólido”, pontua.
O biodigestor é um equipamento que produz, além do biogás, o biofertilizante líquido. Assim, cascas, sementes, bagaço de frutas e restos de legumes deixam de ir para o lixo comum e geram o combustível usado no preparo da merenda escolar, substituindo a compra de botijões de gás. A estrutura pode ser usada, ainda, para tratamento de esgoto.