Reeleitos para o cargo, Patrick e Xereco tiveram diplomação cassada pelo TRE
A defesa do prefeito Patrick Corrêa (Republicanos), reeleito em Imaruí no dia 6 de outubro, anunciou que vai recorrer da decisão judicial que cassou a diplomação da chapa. A sentença, proferida em primeiro grau, impede também a diplomação - e, consequentemente, a posse - do vice-prefeito eleito Lucenir Gomes Gutero, o Xereco (Republicanos).
O advogado Josué Klein disse ao NSC Total que a decisão judicial “foi uma surpresa muito grande”. “Respeitamos a decisão, mas vamos recorrer, pois já identificamos que houve interpretação equivocada dos acontecimentos e das provas apresentadas”, informou.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi movida pelo Ministério Público Eleitoral e denuncia abuso de poder político durante as festividades de aniversário da cidade. A juíza eleitoral Ana Luísa Schmidt Ramos, do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), avaliou que a chapa majoritária eleita praticou condutas vedadas e abuso de poder político nas eleições municipais de 2024.
O TRE-SC questiona a aplicação de R$ 421,3 mil na realização das comemorações de aniversário do município, em agosto do mesmo ano. O valor, segundo a juíza, supera a média de custos de anos antecedentes, já que, somados, os gastos de 2021, 2022 e 2023 para o mesmo evento não alcançam metade do montante utilizado em 2024.
Patrick Corrêa teve 55,76% dos votos válidos e disputou a eleição com Gilberto da Awe (PL), que teve 25,18% de votação, e Sérgio Faust (PP), que registrou 19,07% dos votos.
Mensageiro
O prefeito reeleito foi um dos presos na quarta fase da Operação Mensageiro, em abril de 2023, e passou cinco meses na prisão. Ele passou mais 180 dias afastado da função e retornou ao cargo em março deste ano.