Artigo
Como prefeito, devo admitir que vivenciar uma enchente é uma das tarefas mais desafiadoras e emocionalmente exigentes que já enfrentei. Quando as águas começam a subir e as comunidades ficam ameaçadas, é como se o peso do mundo repousasse sobre meus ombros. Gravatal, nos últimos três anos, sofreu com três enchentes e duas enxurradas, que levaram pontes, deixaram comunidades ilhadas, moradores desalojados e trouxeram muitos estragos.
Apesar das dificuldades daquele momento, precisei agir rapidamente e com determinação para proteger vidas e minimizar os danos. Acredito que o mesmo, nem comparando a proporção, devem estar passando os colegas prefeitos das cidades afetadas pela maior catástrofe já vivenciada pelo nosso estado vizinho, o Rio Grande do Sul.
A primeira dificuldade que enfrentamos, enquanto gestores, é a imprevisibilidade das enchentes. Por mais que tentemos prever e nos preparar, a natureza muitas vezes nos surpreende com sua ferocidade. Isso significa que nunca podemos nos dar ao luxo de baixar a guarda ou subestimar a gravidade da situação.
Além disso, lidar com esse fenômeno da natureza requer uma coordenação meticulosa de recursos e pessoal. Cada movimento deve ser calculado e executado com precisão para evitar o caos e a confusão. Em momentos de crise, a pressão é intensa e as decisões que precisamos tomar podem ter consequências de vida ou morte.
E nem sempre essas decisões agradam. Diante desses desafios, sei que devo agir com rapidez e determinação para proteger meu povo. As informações precisam ser rápidas, claras e assertivas. Assim como contar com toda uma equipe, pois sozinho não faço nada. Em meio à adversidade, é necessário liderar com coragem, compaixão e determinação. As enchentes podem testar nossas capacidades até o limite. Assim, me solidarizo com o povo gaúcho, emanando boas energias, como também auxiliando junto com o povo gravatalense nessa grande corrente de solidariedade.