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Nova gestão projeta expansão e modernização

Na apresentação da Diamante Geração de Energia, governador Carlos Moisés revelou que a empresa prevê investimentos de R$ 3 bilhões

28/10/2021 06:00

A mudança oficial na gestão do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL), em Capivari de Baixo, foi apresentada ontem. Toda a estrutura foi adquirida da Engie Brasil pela Diamante Geração de Energia, que tem planos para expandir a operação do complexo e agregar novas fontes para a geração de energia. Com a presença do governador Carlos Moisés, foi anunciada também, oficialmente, a continuidade das operações.


A Diamante se apresentou ao mercado e à comunidade pela primeira vez com o propósito de participar de uma transição energética justa, que envolva todas as fontes de combustíveis, motivo pelo qual a empresa já vem avaliando outras possibilidades de geração, como o uso de gás natural.


“Sempre defendemos que a matriz energética precisa ter um caminho de sustentabilidade, mas uma ruptura traria um ônus ainda maior, ambiental e social. Só vamos conseguir fazer essa transição de forma justa com a continuidade da operação da Jorge Lacerda. Hoje, é um dia importante, um dia de esperança”, afirmou Carlos Moisés.


De acordo com a Diamante, estão previstos investimentos de R$ 3 bilhões em Santa Catarina, a começar pela compra do CTJL, no valor de até R$ 325 milhões. A intenção anunciada é gerar energia não apenas a partir do carvão mineral, como é atualmente, mas também a partir do gás, com a instalação de duas novas turbinas e modernização das caldeiras.


“Com este ato, a gente afasta de vez o fantasma do descomissionamento e mantém uma cadeia produtiva que gera 20 mil empregos diretos e indiretos. Vamos fazer a modernização do parque e estamos terminando os estudos para fazer uma expansão dentro do complexo, para operar também a partir do gás natural, como parte de uma transição energética”, antecipou o presidente do Conselho da Diamante Geração de Energia, Jorge Nemr.

 

Preservação dos empregos

Com a continuidade das atividades, serão preservados pelo menos 20 mil empregos diretos e indiretos na região e uma movimentação superior a R$ 6 bilhões na economia do Sul de Santa Catarina.


Avaliação é de que possa se criar bases para manutenção da economia da região

Atualmente, o Complexo Jorge Lacerda é composto por três usinas e sete unidades geradoras de energia, com capacidade instalada de 857 megawatts, considerada fundamental para ajudar a suprir a demanda energética nacional em períodos de poucas chuvas.


Na avaliação do diretor-presidente e de Relações com Investidores da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, o desfecho da situação é positivo, tanto para os planos futuros da companhia, que está se desfazendo dos ativos de geração térmica, quanto para a população do Sul de Santa Catarina. “Esta solução vai manter os empregos, a perspectiva econômica desta região. Isso só foi possível porque contamos com um time excepcional trabalhando nisso, do governo do Estado, do Ministério de Minas e Energia, e o apoio de todos os colaboradores e da comunidade. Esta força conjunta que nos fez vencer e encontrar uma solução viável”, avaliou Sattamini.


Para o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral, Fernando Zancan, este projeto vai criar as bases para uma transição que leve em consideração todos os aspectos econômicos, sociais e ambientais. “É um projeto moderno, que vem dar segurança e continuidade para a economia do Sul de Santa Catarina. É um passo que precisamos efetivar para ter tranquilidade e previsibilidade para o futuro”, considerou.


De acordo com o prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Costa, “este processo que está acontecendo hoje aqui faz com que tenhamos a garantia e a segurança, por mais tempo, dos empregos, das receitas, dos tributos, que são revertidos para a sociedade. O que queremos é que este subsídio do carvão seja prorrogado por mais um tempo. Esta é uma decisão do governo federal, mas é possível que seja estendido este prazo, para que possamos fazer a transição da matriz energética em conjunto com a transição econômica e social”, avalia.

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