É o que aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial
As mulheres ganham 29,4% a menos que os homens no Estado de Santa Catarina. É o que aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial.
O documento, apresentado nesta semana pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, contém dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, perfil exigido por lei para apresentar os dados para o governo federal.
No total, 2.692 empresas catarinenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 915,1 mil pessoas empregadas.
A diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em Santa Catarina, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença chega a 38,7%.
No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é bem menor que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 68,1 mil e 322,1 mil, respectivamente. Além disso, mulheres negras recebem, em média, 23,1% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é maior: 24,8%.
O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos, como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
No caso de Santa Catarina, o relatório registrou que 48,1% das empresas possuem planos de cargos e salários; 32,6% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 25,4% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; e 18,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade (ou paternidade) estendida (13,4%) e auxílio-creche (20,2%).
Dados nacionais
No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, de acordo com o 1º Relatório de Transparência Salarial. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%. No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número, também recebem menos do que as mulheres brancas.