“A gente sai com um horário previsto, mas numa incerteza, porque não sabe o que vai encontrar no Morro dos Cavalos”, comenta o motorista
As constatações do inspetor da PRF/SC são sentidas na pele por quem atravessa o Morro dos Cavalos com frequência. Motorista da secretaria da Saúde de Morro da Fumaça, Douglas Soratto transporta pacientes para exames e consultas médicas. No dia seguinte ao acidente com o caminhão tanque, tinha uma viagem para Joinville e precisou passar por uma rota alternativa, com 47 quilômetros não pavimentados, entre São Martinho e São Bonifácio.
“A gente sai com um horário previsto, mas numa incerteza, porque não sabe o que vai encontrar no Morro dos Cavalos”, comenta o motorista. “As rotas alternativas têm estrada de chão, isso atrasa a viagem, além de não ser bom para os pacientes, que muitas vezes estão debilitados.”
A servidora pública Roselita Bittencourt mora em Florianópolis e passa pelo local com frequência para visitar a mãe, que vive em Laguna. Com dois filhos pequenos, ela já perdeu as contas das vezes que ficou parada no Morro dos Cavalos.
Solução
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) defende que a melhor alternativa para o Morro dos Cavalos é a construção do túnel duplo, como previsto inicialmente, pondo uma solução definitiva para o problema. A entidade acredita que a obra pode ser assumida pela concessionária responsável pela BR-101 Sul, que possui uma tarifa de pedágio mais barata, em comparação com o Norte, e um tempo de contrato maior, que permitiria uma diluição do custo com os túneis.
“Sabemos que os túneis têm um custo elevado, mas é muito mais caro ter uma rodovia insegura, que prejudica toda a sociedade, do que ter esse investimento acrescentado na taxa de pedágio”, afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.