PRF, motoristas e entidades analisam as dificuldades e sugerem soluções
O Morro dos Cavalos se transformou em sinônimo de transtorno e insegurança para quem passa pela BR-101, na Grande Florianópolis. O trecho foi o único não contemplado na duplicação da rodovia em Santa Catarina, iniciada pelo Norte, ainda nos anos 1990, e concluída na década passada, na parte Sul.
Além dos graves acidentes, como o registrado no dia 6 de abril, quando um caminhão-tanque tombou, a falta de acostamento e o traçado com curvas fechadas, aclives e declives acentuados transformam o trecho em um desafio para os motoristas.
“É como se fosse um funil. É um trecho que não tem acostamento, não tem alternativas de saída. Qualquer problema, por mínimo que seja, já causa filas quilométricas”, explica o inspetor Adriano Fiamoncini, chefe de
Comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina (PRF-SC).
Para ele, um dos maiores problemas do trecho é a dificuldade logística de se liberar a pista em caso de acidente ou pane mecânica, já que não há via alternativas, nem mesmo estradas rurais.
Fiamoncini considera que a situação no trecho se agravou nos últimos anos em função do aumento no fluxo de veículos, consequência da duplicação do trecho sul da BR-101 e da vinda cada vez maior de turistas do Rio Grande do Sul, da Argentina e do Uruguai. “Os investimentos em infraestrutura não acompanharam esse crescimento”, destaca.
Investimentos
O último investimento significativo no Morro dos Cavalos foi em 2014, segundo a Assembleia Legislativa, com a implantação de faixas adicionais nos dois sentidos da rodovia, construídas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre os antigos acostamentos. A obra, à época, atenuou as filas, mas não resolveu o problema em definitivo.