16 DE SETEMBRO DE 2024
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Grupo de apoio ajuda a lidar com o luto

Trabalho é desenvolvido por equipe especializada no Hospital Santa Otília e é o único da região Sul de Santa Catarina

06/09/2024 06:00|Por Tatiana Dornelles / redacao@diariodosul.com.br

A perda de um ente querido é um dos momentos mais difíceis na vida de uma pessoa, que muitas vezes não sabe lidar com os sentimentos e com o luto. Por isso, pensando em ajudar quem precisa, foi criado o Grupo de Acolhimento ao Luto (GAL), em Orleans.

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Segundo a psicóloga Ana Paula Silva Volpato, natural de Tubarão e moradora de Orleans, o trabalho é desenvolvido no Hospital Santa Otília e é o único da região Sul de Santa Catarina. 

“O grupo surgiu por meio de um sonho de uma colaboradora do hospital, que estava em processo de luto pelo falecimento da sua avó. Após conversas entre o hospital e a coordenadora do curso de Psicologia, surgiu o GAL. O objetivo desse projeto é promover o acolhimento, compartilhamento, orientação e integração das vivências de perdas, visando ao bem-estar, fortalecimento individual e coletivo”, explica Ana Paula.

O projeto social e voluntário funciona há um ano e os encontros são mensais, na sala de reuniões do hospital. “São quatro encontros. No primeiro, é realizada uma palestra sobre o luto, para ensinar as pessoas a lidarem com esse tema. Este é aberto à comunidade. Após, realizamos mais três encontros somente com os enlutados. São desenvolvidas atividades terapêuticas para trabalhar e explicar melhor sobre o momento que cada um vive”, aponta Ana Paula.

Encontros   

As palestras são ministradas por uma equipe especializada. A primeira, sobre o luto, pela psicóloga Joice Antunes. Os outros encontros são conduzidos pela psicóloga Ana Paula, professora Sara da Silva Böger e pela estudante Nátali Souza Nunes. O projeto tem apoio da ZAF - Assistência Familiar e da Unibave. Para se inscrever e participar, o telefone para contato é (48) 99947-6412, com Ana Paula.

Depoimento de uma enlutada

“Em menos de nove meses, meu mundo virou de cabeça para baixo. Perdi meu pai e minha mãe. O mundo parecia que ia acabar, a solidão e a tristeza tomaram conta de mim, a vida perdeu o sentido. Viver o luto no dia a dia não é fácil. Muitas vezes, somos obrigados a sermos fortes. Nos nossos encontros do grupo, pude colocar para fora as emoções e pensamentos. No GAL, somos acolhidos sem julgamentos e a nossa forma de lidar com a dor e o luto é respeitada. A oportunidade de falar e ouvir o outro me trouxe sensações de amparo e conforto. Perceber que mais pessoas vivenciam situações semelhantes ou tiveram processos diferentes me ajudaram a amenizar a minha solidão e a aprender mais sobre o luto”, contou uma participante do grupo, que preferiu não se identificar.

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