Especialista reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce
Com impacto físico, emocional e social significativo, o câncer de cabeça e pescoço acomete cerca de 40 mil pessoas por ano no Brasil.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 2023 e 2025 o país deve somar 120 mil casos da doença.
De acordo com o especialista em clínica médica e oncologia e professor da Unisul/Inspirali, em Tubarão, dr. José Francisco Teixeira, os tumores classificados como câncer de cabeça e pescoço surgem a partir da transformação maligna de células, principalmente epiteliais, que revestem diversas estruturas dessa região do corpo.
Isso inclui cavidade oral (língua, lábios, gengiva, palato duro e mole), nasofaringe (amígdalas, cavidade nasal), laringe, cordas vocais, orelhas, condutos auditivos e tireoide.
A manifestação do câncer depende do órgão afetado, com sinais como úlceras que não cicatrizam na boca, lábios e orelhas, rouquidão persistente, dor ao engolir, inchaço abaixo da mandíbula ou no pescoço, dor de ouvido sem causa aparente, amolecimento e queda de dentes sem explicação, além de sangramentos recorrentes.
No Brasil, a doença causa aproximadamente 10 mil mortes por ano. O diagnóstico, na maioria dos casos, ocorre em estágio avançado, o que prejudica a resposta ao tratamento.
Prevenção
Os pacientes enfrentam dor severa, afastamento prolongado das atividades profissionais e internações frequentes por conta dos efeitos do tratamento ou das complicações do tumor.
A prevenção pode ser feita com medidas simples, como a interrupção do tabagismo, a redução do consumo de álcool, a vacinação contra o vírus HPV, disponível na rede pública de saúde, e o cuidado com a exposição passiva à fumaça do cigarro. Homens são mais suscetíveis à doença, numa proporção de três para um em relação às mulheres, principalmente por estarem mais expostos aos principais fatores de risco. O vírus HPV 16, transmitido sexualmente, também é apontado como causador desses tipos de tumor.