O casal Gabriela e Heron Colonetti estavam eufóricos com o nascimento da primeira filha. Laura nasceu no dia 22 de junho, na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, pensando 3,1 kg.
Logo após ao nascimento, de parto natural, Laura apresentou desconforto respiratório, cianose e hipotonia (diminuição dos tônus muscular e da força), sendo necessária internação na UTI neonatal e uso de ventilação mecânica.
Exames realizados revelaram que a recém-nascida tinha um epignathus, teratoma congênito de orofaringe. Ele é considerado um tumor raro e benigno, mas de crescimento rápido que impede, em diversos graus, a respiração.
“Foram três dias bem difíceis até diagnosticar o problema. No segundo dia, veio uma suspeita de que poderia ser um tumor. Fiquei paralisada e sem chão, sem conseguir questionar nada. Só no terceiro dia que confirmaram o epignathus”, conta a mãe, Gabriela. “Mas confiamos no médico André Caladrini e na equipe dele, que são excelentes médicos. Então, ficamos mais tranquilos e confiantes”.
Assim, aos três dias de vida, a pequena Laura foi submetida a uma cirurgia de, aproximadamente, três horas, via cavidade bucal para a ressecção do tumor, de 4,5 cm, localizado na parte da garganta logo atrás da boca. “É essencial o diagnóstico precoce, assim como a ação de uma equipe multidisciplinar capacitada para o atendimento de um recém-nascido, que necessita de cuidados imediatos para manter vias aéreas pérvias”, explica o cirurgião pediátrico André Caladrini Branco, que comandou o procedimento com uma equipe composta por mais dois cirurgiões da área: Maria Aparecida De Bem Comerlatto e Adalberto Reis Côrtes; dois cirurgiões de cabeça e pescoço: André Guedes e Francisco Castro dos Santos; e o anestesiologista Ney Bianchini.
Depois de 19 dias de internação, Gabriela e Heron puderam levar a pequena Laura para casa. “A recuperação é um processo de muita paciência, um dia de cada vez. Porém, ela se recuperou muito bem e rápido”, conta a mãe.