O trabalho é realizado com a tecnologia da telemetria satelital, similar ao GPS
As baleias-francas que visitam o litoral brasileiro estão sendo monitoradas virtualmente pelo projeto ProFranca, que estuda e está à frente da conservação da espécie no Brasil.
O trabalho é realizado com a tecnologia da telemetria satelital, similar ao GPS.
A meta é avaliar os movimentos e uso de habitat das baleias-francas ao longo da costa do Brasil, determinando sua rota migratória às áreas de alimentação após o período reprodutivo.
Esses dados nunca foram descritos e as informações podem contribuir para a conservação da espécie e melhor entender a relação das baleias que vêm ao Brasil com aquelas de outras regiões no Oceano Atlântico Sul.
A telemetria implica em instalar dispositivos no dorso das baleias – como se fossem “brincos” que ficam presos por vários meses. A partir da instalação do dispositivo, os cientistas conseguem rastrear os movimentos e comportamentos dos animais em tempo quase real, com informações enviadas aos pesquisadores de forma remota, por meio de satélites.
“Instalamos dispositivos em oito baleias, que podem ser acompanhadas virtualmente”, afirma o gerente do ProFranca, Eduardo Renault.
Já em curso, a mesma tecnologia é empregada pelo Instituto Aqualie, pioneiro no desenvolvimento e aplicação, que desde os anos 2000 tem usado a telemetria para monitorar várias espécies de baleias, principalmente a baleia jubarte, para descobrir suas rotas migratórias e entender suas áreas de alimentação no Oceano Atlântico Sul.
O projeto já realiza a telemetria em baleias-francas desde 2014, com ótimos resultados sobre as áreas de alimentação utilizadas por essa espécie, antes muito pouco conhecidas.