05 DE MAIO DE 2024
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Sem propostas, greve de professores ainda continua

No primeiro dia, a adesão na região chegou a centenas de profissionais

24/04/2024 06:00|Por Redação
FOTO: TATIANA DORNELLES/DS

A greve dos professores da rede estadual de educação segue sem data para terminar. Ontem, no primeiro dia, o Governo do Estado chamou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) para uma audiência no Centro Administrativo, em Florianópolis. Mas, segundo Tânia Fogaça, conselheira estadual do Sinte em Tubarão, foi apenas mais uma conversa sem propostas.

A reunião foi com o secretário de Administração, Vânio Boeing. “Nos pediram para aguardar 60 dias para apresentarem algo. É sempre essa mesma conversa”, lamenta Tânia. Os professores estaduais paralisaram as atividades em todo o estado.

 

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Segundo a supervisora de Ensino da Gered (Gerência Regional de Educação), Maria da Glória Marques Bitencourt, mesmo com alguns profissionais aderindo à greve, as aulas seguiram e seguem normais nas escolas da região, e nenhum aluno foi afetado. “A direção das escolas organizou o quadro de profissionais e tudo segue em ordem”, afirma.

Reivindicações 

Entre os pontos em destaque do magistério catarinense estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis, a descompactação da tabela salarial, a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias e a garantia de hora-atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação. A última greve de professores do estado ocorreu em 2015.

Mais de 400 já aderiram à paralisação na região

Até ontem, primeiro dia da greve dos professores em todo o estado, a região contabilizava mais de 400 professores paralisados, de 29 escolas em dez municípios, segundo o Sinte.  As cidades de Tubarão, Armazém, Braço do Norte, Capivari de Baixo, Grão-Pará, Gravatal, Jaguaruna, Orleans, Sangão e São Ludgero tiveram escolas com professores que aderiram à greve.

Em Braço do Norte, segundo Tânia Fogaça, as cinco escolas estaduais tinham profissionais em greve. Na Dom Joaquim, a adesão foi de 100% e não há aulas. Em Jaguaruna, a Osny Pereira também está fechada. E hoje, de acordo com o Sinte, em São Ludgero também não deve ter aula.

“O Governo do Estado chamou para dizer que não tem proposta e pediu 60 dias de prazo. Não  tem como esperar se não cumpriu o que prometeu anteriormente”, reforça.

Denúncia

“Também quero fazer uma denúncia: direção de escolas ameaçando professores contratados, que depois de três dias de greve serão demitidos.

Isso é uma prática de autoritarismo”, afirma a conselheira estadual do Sinte, Tânia Fogaça.

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