Bom dia, boa tarde, boa noite, conforme a ocasião!
Na última crônica, falei aqui do meu livro “A Égua do Alonso”. O título da obra foi uma sugestão de amigos que vislumbravam na capa uma das expressões típicas de Tubarão, assunto que o livro tratava. A expressão escolhida foi “A Égua do Alonso”.
Batizada a obra, fui atrás de conhecer melhor o protagonista da expressão. Conversei (e ainda converso) com parentes e amigos para poder traçar um perfil de Alonso Cardoso dos Reis, cuja história apaixonante faço um resumo aqui.
Alonso nasceu em 4 de abril de 1949, em Barra Velha, SC. Veio com a mãe para Tubarão quando tinha 3 anos de idade e na cidade cresceu e viveu uma vida de conquistas e derrotas.
Casou-se no início dos anos 1970 com Lucile Maria Cardoso, a filha do seu “Neném Granjeiro”, com quem teve dois filhos, Karyna e Kayser.
Trabalhou no Fórum de Tubarão, onde entrou por concurso público, desenvolveu atividades em alguns setores, até comandar o cartório do local. Nesta época tinha um bom salário e não se preocupava muito em gastá-lo, principalmente com festas e encontros com os amigos.
Era sócio dos principais clubes recreativos da cidade, onde era visto com frequência e reconhecido pela irreverência, carisma e disposição para as festas. Era dono de uma legião de amigos.
Tinha alguns “hobbies” que sempre o mantinham muito ocupado, como as caçadas, campeonatos de tiro, jogos e apostas. Foi um dos fundadores do Clube Caça e Tiro “José Siebert” de Tubarão.
Tinha uma predileção especial pelas corridas de cavalos, comuns em Tubarão na década de 1970. De apostador nas carreiras, Alonso passou a proprietário de cavalos. Sua primeira aquisição foi uma égua preta, bonita, com vistosas manchas brancas na testa e na perna direita traseira, de boa postura, pelagem brilhante, que logo virou seu xodó.
Em pouco tempo, o animal, sempre enaltecido com os melhores adjetivos por seu dono, passou a participar dos páreos. Começava ali a sua fama, com as características que a marcavam, cuja história todos conhecem. A égua do Alonso não alcançou fama como égua de competição, não se sabe se ao menos chegou a ganhar alguma corrida, mas na boca de seu dono era a égua perfeita, cheia de qualidades e que um dia seria uma grande campeã.
O casamento com dona Lucile durou 10 anos, e veio a separação. Alonso casou-se pelo menos outras duas vezes e teve mais duas filhas, Cintia e Alana.
Enfrentou alguns problemas no trabalho e passou a não levar mais a vida próspera de outrora. No entanto, nunca deixou de se comportar com seu jeito peculiar, bonachão, às vezes vivendo uma realidade só sua, bem diferente do que a vida lhe oferecia naquele momento. O aposento baixo o fez contar com a ajuda dos filhos e de alguns amigos. Adoeceu e, com as complicações da grave enfermidade, veio a falecer no ano de 2008, em Tubarão.
Deixou saudosos os muitos amigos e os familiares, que continuam lembrando com carinho a alegria, as aventuras e a intensidade de viver de Alonso Cardoso dos Reis, o dono da égua.
Metas
Janeiro quase terminando e até agora estou conseguindo cumprir rigorosamente as metas estabelecidas na virada do ano, que eram: manter o réu primário; ficar sarado (da coluna, do joelho e da labirintite); adiar a consulta no Caps por mais um mês.
Verdade
Tudo o que ouvimos é uma opinião, não um fato. Assim como tudo o que vemos é uma perspectiva, não a verdade.
Aniversário
A querida Elane Carvalho, aniversariante desta sexta-feira, recebendo o carinho do maridão, Marcos Mangerônio Freitas.
Judô
Jaison Tavares, presidente da Associação Tubaronense de Judô, e Thiago Gomes Flores, diretor técnico da instituição, em encontro com o prefeito, Soratto Júnior. Em pauta, a renovação da parceria da ATJ com a prefeitura.
Mulheres da Cultura
A presidente da Academia Tubaronense de Letras, Marilene Lapolli, a presidente da Academia Catarinense de Letras, Lélia Pereira Nunes, e a presidente da Associação de Jornalistas Escritoras do Brasil, a também tubaronense Renata Dal-Bó, estiveram reunidas com a presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Maria Teresinha Debatin. Na pauta, os caminhos da cultura no estado com compartilhamento de ideias para projetos culturais que valorizem a literatura e as artes em Santa Catarina. E quando estas maravilhosas mulheres querem, elas alcançam!
Alonso
Na imagem, que chegou até a coluna três vezes, enviada pelos leitores Higino Bittencourt, Teodoto Tonon e Genovêncio Bittencourt, podemos ver o nosso Alonso Cardoso dos Reis, na década de 1970, abraçando o empresário Solon Rodel.
Frase solta, que deveria estar presa:
“As histórias mais interessantes têm começo, medo e sim.”