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MILTON ALVES

16/07/2025 06:00

Traiu e não vai levar

Jeffrey Chiquini, o advogado que agora está defendendo, no caso de 8 de janeiro, também o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, disse ontem em suas redes sociais tudo o que eu pensei em dizer quando li a denúncia do Procurador Geral da República, Paulo Gonet, em relação ao delator Mauro Cid. Por isso vou reproduzi-la aqui na coluna.   

A rasteira no delator
“Mauro Cid vendeu a alma para o diabo e foi traído. Mentiu descaradamente, acusou inocentes, traiu amigos – e vai preso. A PGR pediu a alteração dos benefícios de sua condenação, determinando a exclusão do perdão judicial. Disse Gonet, nas alegações finais do Núcleo 1: ‘Por omissões e descumprimento do acordo, o MPF defende apenas 1/3 de redução de pena e nega o perdão judicial ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro’. Ou seja, agora Mauro Cid, em vez de ser condenado a 48 anos, será condenado a 32. Resumindo: CANA. Eu sempre disse isso: Mauro Cid seria usado e depois descartado. E foi!”.

Desemprego à vista  
Segundo especialistas, o tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos sobre todos os produtos importados do Brasil pode levar à perda de pelo menos 110 mil empregos no país. A estimativa é da Confederação Nacional da Indústria, a CNI. A entidade se reuniu, na tarde da última segunda-feira, com as federações estaduais e com representantes do governo federal para discutir os impactos. A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Tatiana Lacerda Prazeres, participou do encontro, realizado por videoconferência. 

Pedido a Donald Trump
Na reunião, os empresários defenderam o adiamento de 90 dias da entrada em vigor da medida, prevista para 1º de agosto. E pedem que o governo negocie isso com a equipe de Trump. O objetivo é abrir espaço para negociações diplomáticas e análises técnicas. Para a confederação, a decisão do governo norte-americano de impor um tarifaço generalizado não possui embasamento técnico e representa uma ruptura em uma relação comercial centenária. De acordo com a entidade, a medida afeta fábricas brasileiras e plantas industriais nos EUA que dependem de insumos brasileiros, ameaçando linhas produtivas, contratos de longo prazo e a previsibilidade necessária ao ambiente de negócios.

Recado também a Lula 
Em outra manifestação feita no encontro, a CNI reforçou que o momento exige “ações enérgicas e equilibradas, tanto internas quanto externas”. Como não tem poder sobre os atos de Donald Trump, servindo a afirmação apenas como conselho, resta imaginar que a principal preocupação da confederação no atual momento é, sem dúvidas, com as parcerias globais e manifestações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os conflitos mundiais que envolvem os americanos e seus interesses. Até porque, segundo as próprias declarações do presidente americano, é este comportamento, inadequado a quem se diz defensor da democracia, que fez com que se decidisse pelas medidas econômicas. É preciso fazer Lula calar a boca.  

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